Roberto Sá pediu exoneração da Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro devido a intervenção federal
Tânia Rêgo/Agência Brasil - 12.12.17
Roberto Sá pediu exoneração da Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro devido a intervenção federal

O secretário estadual de Segurança do Rio de Janeiro, Roberto Sá, pediu sua exoneração na tarde desta sexta-feira (16) em razão da intervenção das Forças Armadas na Segurança Pública do estado . Pela manhã, Sá havia definido em reunião com o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) no Palácio das Laranjeiras, sede do governo fluminense, que apenas se afastaria das funções, mas decidiu se afastar de vez do cargo. 

Chefe da pasta da Segurança no Rio desde outubro de 2016, Roberto Sá  dá lugar ao general Walter Souza Braga Netto, do Comando Militar do Leste, na chefia das ações de Segurança no estado. De acordo com o ministro da Defesa, Raul Jungmann, o general Braga Netto terá "poder de governo" no Rio de Janeiro.

O Exército assumirá responsabilidades sobre as polícias, os bombeiros e a área de inteligência do Estado do Rio de Janeiro durante o período de intervenção – ganhando, inclusive, poder de prisão sobre os agentes de segurança fluminenses.

"Vamos fazer um estudo e conversar com todos e nossa intenção é fortalecer ainda mais o sistema de segurança lá do Rio de Janeiro e voltar a atuar conforme merece a população carioca", disse o general Braga Netto em entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

Próximos passos da intervenção no RJ

A cúpula das Forças Armadas se reuniu ao longo do dia em Brasília para discutir detalhes da intervenção. Entre os participantes da reunião está o próprio general Braga Netto, convocado às pressas pelo comandante do Exército, general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas.

O decreto sobre a intevenção militar no Rio foi assinado no início desta tarde pelo presidente Michel Temer, que  fará pronunciamento em cadeia nacional de TV e de rádio às 20h30 da noite.

O decreto vale até o dia 31 de dezembro (último dia do governo Pezão) e precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado, separadamente. Mais cedo, o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que essas votações devem ocorrer entre a segunda (19) e a terça-feira (20) da semana que vem.

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