O Tribunal de Contas do Município de São Paulo enviou um ofício nesta quarta-feira (7) à Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais determinando que, no prazo improrrogável de 48 horas, a pasta encaminhe esclarecimentos detalhados a respeito da morte, no último domingo (4), do jovem Lucas Antônio Lacerda da Silva, provocada por uma descarga elétrica em poste onde estavam instaladas câmeras de monitoramento para o carnaval .
O acidente ocorreu na esquina da Rua da Consolação com a Rua Matias Aires. O ofício do TCM determina a adoção de providências imediatas para garantir a segurança dos participantes nos eventos dos próximos dias de carnaval .
Pelo documento enviado, a pasta deve averiguar as condições das instalações das câmeras e tomar medidas para que as futuras instalações obedeçam estritamente às condições estipuladas no ajuste celebrado com a empresa responsável, às normas técnicas e aos padrões de segurança vigentes.
Morte de folião
De acordo com o Corpo de Bombeiros, Lucas foi resgatado na Rua Matias Aires, no bairro Consolação, ao lado de um poste semafórico da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e encaminhado para a Santa Casa de São Paulo.
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Segundo a Santa Casa de São Paulo, o paciente deu entrada no domingo (4), sendo reanimado no local do acidente e no transporte para a Santa Casa de São Paulo. Ao dar entrada no pronto-socorro apresentava parada cardiorrespiratória sendo mantida as manobras de reanimação por 30 minutos sem resposta. O óbito foi constatado às 19:01h.
Há suspeita de que câmeras instaladas pela GWA System para monitoramento possam ter provocado o choque elétrico no jovem. A empresa foi contratada pela Dream Factory, vencedora da concorrência da prefeitura de São Paulo para promover o evento na cidade.
Por meio de nota, a CET destacou que as câmeras instaladas no poste “não pertencem à companhia”, que está colaborando com as investigações e que aguarda a conclusão da perícia sobre as causas do acidente. Além disso, a CET e o Ilume (Departamento de Iluminação Pública) ressaltaram que não foram consultados nem autorizaram a instalação dessas câmaras.
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A Dream Factory apontou que “somente a perícia dos órgãos competentes poderá informar se a causa da morte está ou não associada a instalação das câmeras da GWA System”. Além de lamentar o ocorrido no carnaval, a empresa informou que está à disposição para colaborar com as investigações.