O Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ) informou, por meio de uma nota divulgada nesta sexta-feira (19), que o motorista responsável pelo atropelamento de 17 pessoas na noite desta quinta-feira (18), em Copacabana , negou durante seu exame de validação médica da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ter qualquer doença neurológica, inclusive epilepsia.
A revelação oficial do Detran vem ao público no mesmo dia em que Antonio Almeida Anaquim afirmou, em depoimento à polícia, que foi um ataque de epilepsia que o fez perder o controle do carro, invadir o calçadão de Copacabana, cruzar a ciclovia e acabar com o carro na areia da praia, depois de ferir 16 pessoas e matar um bebê de oito meses de idade.
O órgão informou ainda que pessoas com epilepsia podem ter carteira de habilitação, mas precisam passar por uma avaliação neurológica. Quando apto para dirigir, o exame médico terá validade menor, de acordo com a avaliação médica, com enquadramento na categoria B, válida apenas para dirigir carros.
Motorista não estava alcoolizado
Ainda nesta sexta, o resultado de um exame toxicológico feito pelo Instituto Médico-Legal (IML) revelou que Anaquim não estava alcoolizado.
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Ele dirigia pela Avenida Atlântica e, por volta das 20h30, causou o acidente com seu Hyundai i30 preto. No veículo, policiais encontraram medicamentos utilizados para tratar a doença. Anaquim prestou depoimento na Delegacia de Copacabana (12ª DP) desde as 2h desta sexta-feira (19).
Habilitação cassada
De acordo com o departamento, Anaquim está com a carteira de habilitação suspensa desde maio de 2014. Ele acumulou 62 pontos por infrações e 14 multas nos últimos 5 anos. Entre as faltas, estão infrações por alta velocidade, parar em local exclusivo para deficiente e avançar o sinal vermelho.
O motorista, de acordo com o Detran, não cumpriu a exigência de devolução da habilitação. Por ter cometido crime de trânsito e dirigido com a carteira suspensa , ele terá sua documentação cassada.
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* Com informações da Agência Brasil.