Calçadão de Copacabana estava repleto de turistas e moradores da cidade, na rua e nos quiosques ao longo da orla
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Calçadão de Copacabana estava repleto de turistas e moradores da cidade, na rua e nos quiosques ao longo da orla

O motorista Antônio de Almeida Anaquim, responsável pelo atropelamento de 17 pessoas na Praia de Copacabana, na noite de quinta-feira (18) , deixou a 12ª Delegacia de Polícia por volta das 15h30 desta sexta-feira (19) sem falar com a imprensa. Ele foi liberado dezenove horas após cometer o acidente no  Rio.

Um bebê de 8 meses morreu e 16 pessoas ficaram feridas no atropelamento em Copacabana . O motorista responderá em liberdade por homicídio culposo e lesão corporal das outras pessoas. Naquim foi ouvido pelo delegado da 12ª DP Gabriel Ferrando, que disse mais cedo que um possível ataque epilético no motorista é a principal linha de investigação. Até o momento, a avaliação do delegado é que o crime foi um homicídio culposo, em que não há intenção de matar.

O delegado argumentou que a legislação não prevê prisão em flagrante para casos de atropelamento em que o motorista se mantém no local do incidente. A prisão também foi descartada porque os exames iniciais não apontaram ingestão de álcool e outras substâncias, e também porque o motorista não participava de um racha.

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Gabriel Ferrando também considera que a alta velocidade do carro, ao que tudo indica, foi causada pela disritmia, decorrente do problema epilético.

Motorista mentiu ao Detran

O Departamento de Trânsito do Rio de Janeiro (Detran-RJ) informou, por meio de uma nota divulgada nesta sexta-feira (19), que o motorista responsável pelo atropelamento, negou durante seu exame de validação médica da Carteira Nacional de Habilitação ( CNH ) ter qualquer doença neurológica, inclusive epilepsia.

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A revelação oficial do Detran vem ao público no mesmo dia em que Antonio Almeida Anaquim afirmou, em depoimento à polícia, que foi um ataque de epilepsia que o fez perder o controle do carro, invadir o calçadão de Copacabana, cruzar a ciclovia e acabar com o carro na areia da praia. O órgão informou ainda que pessoas com epilepsia podem ter carteira de habilitação, mas precisam passar por uma avaliação neurológica.

* Com informações da Agência Brasil

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