Daniel Bitelli Medeiros acordou cedo para levar o filho de apenas 10 meses ao Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais  da Universidade Federal de São Paulo (Crie/ Unifesp) para tomar a vacina da febre amarela . Com viagem marcada à Bahia no dia 2 de fevereiro, o varejista, de 34 anos, chegou ao posto às 6h da manhã desta quinta-feira (18), mas não foi atendido devido à falta de profissionais para aplicar a vacina.

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Arquivo pessoal/ Daniel Bitelli Medeiros

Daniel Medeiros na fila do Crie para tomar a vacina da febre amarela

Segundo Medeiros, os funcionários que estavam no local informaram que os enfermeiros não conseguiram chegar ao Crie por conta da greve dos metroviários, que afetou diversas linhas do Metrô nesta quinta-feira . O varejista contou ainda que sua mulher já havia ido ao centro com a criança para tomar a vacina da febre amarela na quarta-feira (17) e recebeu uma senha para retornar no dia seguinte.

“Por volta das 7h30 o funcionário que estava na porta começou a organizar a fila entre os que tinham e os que não tinham senha. Havia umas 40 pessoas quando eu cheguei e só foi aumentando [o número de pessoas]”, explicou Medeiros em entrevista ao iG .

De acordo com o varejista, algumas pessoas que estavam na fila chegaram a oferecer o pagamento de Uber, para buscar os enfermeiros. “Tinha gente com medo de ir embora e perder o lugar, caso eles começassem a vacinar . A confusão foi tanta que chegaram a chamar a polícia”, relembra Medeiros que deixou o local após as 10h30.

Unifesp confirma falta de enfermeiros

Procurada pela reportagem do iG, a Unifesp confirmou que não houve atendimento durante todo o dia no Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais por falta de profissionais. A universidade confirmou também a alegação de que os funcionários não conseguiram chegar ao posto de trabalho devido a greve dos metroviários.

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Em nota, a Unifesp informou ainda que o Crie funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. Em relação à febre amarela, o serviço atende apenas pessoas que vão viajar para lugares definidos como área de risco para a doença e exigem comprovante de imunização. A vacina demora 10 dias para fazer efeito e garantir a proteção contra o vírus, o que significa que Medeiros tem até o dia 23 de janeiro para imunizar seu filho. 

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