O Exército Brasileiro abriu um Inquérito Policial Militar (IPM) para apurar o sumiço de parte da munição que estava guardada nas instalações da 2ª Companhia de Suprimento do município de Maranguape, Região Metropolitana de Fortaleza.
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Em nota, o Comando da 10ª Região Militar, informou que o sumiço foi constatado em uma vistoria realizada no dia 29 de dezembro de 2017 em um dos paióis da companhia. Segundo as investigações, mantidas em sigilo, a munição foi vendida para um traficante de Maranguape, e parte dela já foi recuperada.
“Foram constatadas divergências quantitativas entre a existência física e o Sistema de Controle Físico (Siscofis), instrumento de controle sistemático vigente em todo o território nacional que permite a gestão contínua de todo o material controlado do Exército Brasileiro”, diz a nota.
O Inquérito Policial Militar foi instaurado no 10º Depósito de Suprimento, ao qual a 2ª Companhia de Suprimento é subordinada, e as investigações contam também com a colaboração da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS). As conclusões das investigações serão encaminhadas à Justiça Militar.
Suspeitas e investigações
Segundo o Diário do Nordeste
, uma fonte militar afirmou que a suspeita é de que dois soldados tenham cometido o furto e vendido todo o material bélico para a facção criminosa Guardiões do Estado (GDE).
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"O clima é de tensão em todas as esferas da Segurança Pública. Se as coisas já estavam difíceis, imagine agora com a possibilidade de uma facção violenta como a GDE ter adquirido 14 mil munições 7.62", afirmou uma fonte da Polícia Civil ao jornal.
"O que pode acontecer é totalmente imprevisível. A realidade é que o problema é muito grande e precisamos encarar e assumir isso", concluiu.
Embora tenha se falado em 14 mil munições
7.62, na nota enviada à imprensa, o comando da 10ª Região Militar não chegou a especificar o tipo nem a quantidade de munição
que desapareceu. Além disso, não disse se houve ou não prisões.
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Perguntada sobre o sumiço da munição militar, a assessoria de comunicação da Secretaria de Segurança do Estado do Ceará
declarou que não se pronuncia sobre o caso.