Marisa Letícia:  ex-primeira-dama morreu no início de fevereiro, após um AVC hemorrágico provocado por um aneurisma
Arquivo/Agência Brasil
Marisa Letícia: ex-primeira-dama morreu no início de fevereiro, após um AVC hemorrágico provocado por um aneurisma

A Câmara de Vereadores de São Paulo aprovou um projeto de lei que nomeia um viaduto na zona sul da capital com o nome de Dona Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio Lula as Silva, que faleceu em fevereiro deste ano após complicações de um acidente vascular cerebral (AVC) .  

O projeto de lei, de autoria dos vereadores da bancada do PT, foi aprovado de maneira simbólica – sem votação nominal – na sessão de segunda-feira (11). Inicialmente, a proposta era colocar o nome de Marisa Letícia no prolongamento da Avenida Chucri Zaidan, no trecho que vai até a Rua Laguna, na Chácara Santo Antônio, Subprefeitura de Santo Amaro.

No entanto, o substitutivo dos vereadores Reis (PT) e Milton Leite (DEM), modificaram o local da homenagem, determinando que o nome da mulher de Lula ficasse no viaduto que passa por cima da Rua Daniel Klein e inicia-se na Estrada do M´Boi Mirim com término na confluência da avenida Luiz Gushiken com a Rua Adilson Brito.

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Trajetória

A ex-primeira-dama nasceu em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, em 1950. Figura discreta ao lado do marido, começou a trabalhar aos 9 anos como babá na casa de um sobrinho do pintor Cândido Portinari. Cresceu em uma família de 11 irmãos e casou-se aos 19 anos com o taxista Marcos Cláudio da Silva. Três meses depois e grávida do primeiro filho, ficou viúva depois que o marido foi assassinado durante um assalto.

Em 1973, conheceu Lula no Sindicato dos Metalúrgicos e se casaram sete meses depois. Com o petista, teve três filhos. Também compõem a família Marcos, filho do primeiro marido, e a enteada Lurian, filha de outro relacionamento de Lula . Ela esteve ao lado do ex-presidente durante sua ascensão política, desde os tempos de sindicato, passando pela fundação do PT – que ajudou a criar – até a Presidência da República, em 2003.

Durante os oito anos em que esteve no Palácio da Alvorada, não encabeçou projetos sociais, função comum às primeiras-damas anteriores, e deixava os holofotes para o marido. Entretanto, durante as campanhas presidenciais de Lula, participava de comícios, passeatas e outros compromissos. Em 2011, incentivou Lula a realizar os exames que descobriram um câncer na laringe do ex-presidente. Foi ela quem cortou os cabelos e a barba do marido, antecipando os efeitos da quimioterapia.

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Em 2016, Marisa Letícia tornou-se ré em processo da Operação Lava Jato após a Justiça acatar a denúncia do Ministério Público Federal contra ela e Lula no caso do tríplex no Guarujá, no litoral paulista. A ex-primeira-dama morreu no início de fevereiro. Sua morte decorreu de um acidente vascular cerebral ( AVC ) hemorrágico provocado por um aneurisma.

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