A juíza Ítala Colnaghi, do Juizado da Infância e Juventude de Goiânia, decidiu pela permanência no regime de internação do menor de idade que cometeu um ataque a tiros no Colégio Goyanases , no dia 20 de outubro, matando dois colegas e ferido outros quatro. Por ter apenas 14 anos, a identidade do adolescente corre sob sigilo. A decisão da juíza foi tomada nesta terça-feira (29), durante audiência de instrução e julgamento do caso.
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Filho de policiais militares, o adolescente responsável pelo ataque em Goiânia
deverá cumprir medidas socioeducativas, além de receber acompanhamento psiquiátrico, sendo avaliado periodicamente. Após realizar o tiroteio, o agressor prestou depoimento à polícia em que afirmou ter sido motivado pelo bullying sofrido dentro de sala de aula. Além disso, ele contou que teria se inspirado nos casos da escola americana de Columbine (ocorrido em 1999, nos Estados Unidos), e de Realengo (em 2011, no Rio de Janeiro).
Todas as vítimas do ataque no colégio de ensino fundamental e médio tinham 13 anos de idade. De acordo com o autor dos disparos, um dos dois jovens mortos era o colega que praticava o bullying contra ele diariamente. O outro colega que morreu era um amigo do agressor, e fora atingido aleatoriamente.
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O ataque na escola aconteceu por volta das 11h30 no dia 20 do último mês de outubro. A arma
, que pertencia à mãe do autor do atentado, era uma pistola. O jovem afirmou que a encontrou escondida em móvel da casa. O pai do adolescente também é da PM, mas nenhum dos dois ensinou o filho a atirar, segundo afirmaram.
No dia, ao retirar a arma da mochila para começar o tiroteio, o jovem chegou a disparar um tiro acidental, mas não se feriu. O barulho assustou a todos e, então, ele se voltou ao colega que identificava como desafeto e atirou, matando-o. Ainda segundo o depoimento prestado pelo agressor, sua intenção era matar apenas esse jovem, porém, diante do desespero dos colegas e também abalado, continuou atirando.
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