Centrais sindicais realizaram ao longo desta sexta-feira (10) uma série de protestos por todo o País contra a reforma trabalhista
promovida pelo governo Michel Temer, cujas regras passam a vigorar a partir deste sábado (11).
Mesmo com baixa adesão, os atos contra a reforma trabalhista encabeçados pela Central Única de Trabalhadores (CUT), Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) e Frente Brasil Popular provocaram distúrbios em várias cidades. Houve relatos de protestos e pequenas greves em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Florianópolis, Belém, Salvador, Macapá, São Luís, Maceió, Brasília e Porto Alegre.
Ainda por volta das 6h da manhã, um grupo de manifestantes incendiou um carro em plena Ponte Rio-Niterói, provocando a interdição completa dos dois sentidos da via por cerca de uma hora – o que causou congestionamento de dez quilômetros e impactou o trânsito na região por toda a manhã. Em nota, a CUT informou que o ato não é incentivado pela organização, que disse considerar "equivocada essa radicalização".
Leia também: Polícia Civil e PF deflagram operações contra o tráfico e o PCC em SP
Greves e passeata em São Paulo
Além das passeatas, os atos contra as mudanças na legislação trabalhista contaram ainda com bloqueios de algumas vias e com uma série de pequenas greves. Foram afetados o atendimento em agências bancárias, serviços de call center e a produção em algumas indústrias. No Distrito Federal, a greve de metroviários iniciada nessa quinta-feita (9) foi mantida pelo segundo dia e obrigou o fechamento de estações.
Também houve paralisação de trabalhadores da subestação de Furnas em Campinas, no interior paulista; de funcionários da Refinaria de Capuava, no ABC paulista; e do Polo Petroquímico do Sul, em Triunfo, na região metropolitana de Porto Alegre.
Na capital paulista, militantes da CUT, CTB e Força Sindical se concentraram pela manhã na Praça da Sé, na região central de São Paulo. O grupo iniciou passeata por volta do meio-dia em direção à Avenida Paulista, onde encerraram o ato por volta das 16h.
A série de protestos realizados nesta sexta-feira teve como alvos, além da reforma trabalhista, a proposta de reforma da Previdência Social e a portaria editada pelo governo federal que modifica o conceito de trabalho escravo. A polêmica norma foi suspensa por decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber.
Leia também: Presos fazem reféns e matam dois detentos em rebelião que já dura 19 horas no P