Ossadas foram achados dentro de gavetas e caixas em uma sala de aula em João Pessoa, na Paraíba (imagem ilustrativa)
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Ossadas foram achados dentro de gavetas e caixas em uma sala de aula em João Pessoa, na Paraíba (imagem ilustrativa)

Um punhado de ossos foi encontrado dentro de gavetas e de caixas de papelão, em uma sala da Escola Estadual Pedro Augusto Porto Caminha (Eepac), no bairro de Jaguaribe, em João Pessoa, na Paraíba, na manhã dessa terça-feira (7). 

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De acordo com o Instituto de Polícia Científica (IPC), os ossos foram achados por usuários de drogas, que usavam entorpecentes no local. Isso porque a escola, que fazia parte da rede estadual da Paraíba , está desativada e fechada.

Alguns dos ossos são de plástico, porém outros apresentam estruturas semelhantes à do osso humano. Todo o material foi recolhido pelo IPC e levado para ser minuciosamento examinado por especialistas. O objetivo é identificar se os ossos humanos pertencem a uma só pessoa.

Segundos os peritos da IPC, a provavelmente não é local de desova de cadáveres. Por isso, os especialistas suspeitam que a ossada fazia parte dos materiais de estudo dos estudantes quando o colégio estava ativado.

Escolas desativadas em todo o País

Enquanto a população de alguns locais sofre com a falta de vagas na rede pública, em outras partes do País o fenômeno é o contrário: sobram escolas, faltam alunos. Esse é um dos motivos que leva à desativação de escolas. 

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As explicações vão desde mudanças no perfil das populações até a migração de alunos da classe média para a rede particular de ensino.

Especialistas avaliam ainda que o esvaziamento das escolas públicas é resultado do processo de privatização que o País viveu na década de 90. 

Nessa época se criou na cabeça das pessoas o modelo da escola dual: a pública é para pobre, a particular é para rico, uma presta, a outra não. E assim começou a crescer a oferta da educação privada. Qualquer um que ganha um pouco mais faz um sacrifício para tirar o filho da escola pública. 

A Eepac está desativada desde 2015, de acordo com a Secretaria da Educação do estado da Paraíba. Após isso, o prédio da escola foi devolvido a uma ordem religiosa, que é a proprietária do edifício.

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