O Rio de Janeiro registrou na noite dessa quinta-feira (2) a morte do 115º policial somente neste ano. A mais nova vítima da violência no estado foi o sargento da Polícia Militar Alessandro Galdino Marques, de 44 anos, que foi assassinado durante seu dia de folga, em Mesquita, na Baixada Fluminense.
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O policial atuava no batalhão de Olaria, na zona norte do Rio de Janeiro , e foi abordado por criminosos armados enquanto abastecia o carro em um posto de gasolina na rodovia Presidente Dutra, de acordo com a PM. Bombeiros chegaram a levá-lo para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, mas ele não resistiu ao ferimento.
O serviço de Disque-Denúncia do Rio oferece recompensa de R$ 5 mil por informações que levem aos responsáveis pela morte do sargento, que estava já há 20 anos na corporação.
Segundo a Polícia Civil, a Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense está investigando o assassinato, e o corpo da vítima já foi encaminhado para o Instituto Médico-Legal. Os agentes estão em busca de testemunhas e de imagens de câmeras de segurança que possam identificar o autor dos disparos.
Também são investigadas as circunstâncias em que um policial civil e sua mulher foram baleados no Engenho de Dentro, na zona norte. O casal estava de carro e foi abordado por cinco criminosos armados. Segundo a polícia, o carro das vítimas andou devido ao declive da rua, e os suspeitos abriram fogo. Os tiros atingiram as costas da mulher e feriram de raspão o policial.
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PMERJ faz operações na manhã seguinte ao crime
Horas após a morte do sargento Galdino Marques, a Polícia Militar deslocou equipes para realizar buscas em favelas da região central e da zona norte do Rio. Policiais do 41º e do º Batalhão estão desde o início da manhã desta sexta-feira (3) realizando buscas nos morros do Juramento, Serrinha e Congonha – todos na zona norte da capital fluminense.
Já a elite da PM do estado, o BOPE (Batalhão de Operações Policiais Especiais), ocupou nesta manhã o Morro de São Carlos, no centro do Rio. De acordo com a corporação, os 30 policiais que participam da ofensiva foram recebidos a tiros, mas ninguém ficou ferido.
Um suspeito identificado como 'Locke' foi detido portando um fuzil AK-47, munição e drogas. De acordo com o BOPE, o homem era segurança do criminoso conhecido como 'Empada', que é um dos líderes do tráfico na comunidade.
Crise de segurança e críticas de ministro
A questão da violência voltou a ser o centro das atenções no Rio de Janeiro em meados de setembro, quando teve início a guerra entre os outrora aliados Nem e Rogério 157 na favela da Rocinha, em São Conrado (zona sul).
O governo federal precisou intervir com o envio de tropas das Forças Armadas após apelo do governador Luiz Fernando Pezão (PMDB). A situação abriu precedente para o ministro da Justiça, Torquato Jardim, disparar críticas nesta semana contra o chefe do executivo estadual .
Em entrevista ao portal UOL , o ministro afirmou que há acerto entre o Comando da Polícia Militar, deputados estaduais e o crime organizado no Rio de Janeiro. As declarações de Torquato Jardim provocaram revolta de Pezão e da PM do estado, que chegou a cobrar explicações do ministro ao Supremo Tribunal Federal (STF).
*Com informações da Agência Brasil