Militares do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) e do Batalhão de Ações com Cães (BAC) da Polícia Militar do Rio de Janeiro realizam desde o início da manhã desta terça-feira (26) uma operação no morro do Borél, na Tijuca, zona norte. A ofensiva representa um desdobramento do cerco à favela da Rocinha , que chega hoje ao seu quinto dia com o apoio das Forças Armadas, e visa a prisão dos líderes da facção criminosa que comanda a comunidade e que supostamente teriam fugido da comunidade, na zona sul do Rio, pela floresta da Tijuca.
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Ainda nessa segunda-feira (25), policiais do Bope e do BAC fizeram operação no Morro do Turano, no Rio Comprido, que também compreende uma região de mata atlântica para procurar criminosos da favela da Rocinha que teriam fugido para comunidades da zona norte.
O principal alvo das buscas é o traficante Rogério Avelino da Silva, conhecido como Rogério 157, que é apontado como atual chefe do comércio de drogas em São Conrado. Acredita-se que os confrontos iniciados no último dia 17 na favela decorreram de uma rixa entre Rogério e Antônio Francisco Bonfim Lopes, conhecido como Nem da Rocinha, que está preso em uma penitenciária federal em Rondônia.
O Disque-Denúncia do Rio oferece recompensa de R$ 50 mil por informações que levem à prisão de Rogério 157, que integra a facção criminosa Amigos dos Amigos (ADA).
O portal de notícias UOL
revelou nessa segunda-feira que o traficante chegou a negociar sia rendição com a Polícia Federal, por intermédio de familiares. As tratativas, no entanto, foram suspensas por ordem do próprio criminoso após as tropas federais iniciarem o cerco à favela da Rocinha, na última sexta-feira (22). Um total de 950 soldados das Forças Armadas foram deslocados para atuar nessa operação.
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Roubo de cargas
A PM do Rio também faz hoje grande operação contra o roubo de cargas nas comunidades do Juramento e nos morros do Chapadão e Pedreira, em Costa Barros. As regiões são apontadas como destino da maior parte dos caminhões de carga roubados no estado devido à proximidade com as rodovias Presidente Dutra e a Rio-Petrópolis que os locais preferidos de atuação dos criminosos.
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*Com informações e reportagem da Agência Brasil