Embarcação que naufragou no Rio Xingu, no Pará, foi ancorada próxima da margem do rio para facilitar as buscas
Reprodução/TV Globo
Embarcação que naufragou no Rio Xingu, no Pará, foi ancorada próxima da margem do rio para facilitar as buscas

Dos dez corpos que já haviam sido resgatados, até esta quarta-feira (23) da embarcação Capitão Ribeiro –que naufragou na noite da última terça-feira (22), no Rio Xingu, no Pará – nove foram identificados e liberados pela equipe do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves. A décima vítima, um homem conhecido como Sebatião, ainda aguarda oficialmente pelo reconhecimento da família. Nesta quinta, outros corpos foram encontrados, totalizando 21 vítimas fatais.

Leia também: Sobe para dez o número de mortos em naufrágio no Pará

O acidente aconteceu entre as cidades de Porto de Moz e Senador José Porfírio, no sudoeste do estado. A embarcação que naufragou no Rio Xingu levava cerca de 70 passageiros, dos quais 25 foram resgatados com vida nesta quarta-feira (23).

A embarcação saiu na tarde de terça de Santarém com destino final em Vitória do Xingu, uma viagem que duraria dois dias. As causas do acidente ainda estão sendo investigadas.

As equipes mantiveram as buscas às vítimas até o fim da tarde desta quarta, e foram retomadas na manhã desta quinta. Uma balsa e embarcações da prefeitura de Porto Moz, além de lanchas do Corpo de Bombeiros, estão sendo utilizadas na operação. O helicóptero do Grupamento Aéreo de Segurança Pública (Graesp) está apoiando as ações na área de buscas.

De acordo com o Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil, a embarcação - com capacidade para 90 a 100 passageiros - foi ancorada próxima da margem do rio com o apoio de uma balsa para facilitar o trabalho de procura por corpos.

Leia também: Mulher teve BO de tentativa de suicídio divulgado no WhatsApp e será indenizada

A identificação dos mortos está sendo feita no ginásio municipal Chico Cruz por uma equipe de oito profissionais - entre peritos, médico e auxiliares - do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves de Belém e de Altamira.

Pelo menos duas crianças estavam entre as vítimas fatais, incluindo uma criança de apenas um ano de idade.

“Fizemos entrevistas com os familiares a fim de identificar características das vítimas para ajudar no reconhecimento. Contudo, a liberação está sendo agilizada”, disse o perito Felipe Sá, coordenador das unidades regionais do Centro de Perícias.

O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil estadual coordenam as ações de busca, salvamento e atendimento social da sede da Câmara Municipal de Porto de Moz, onde foi instalado um gabinete de crise com a presença das forças de segurança estaduais, poder executivo municipal e demais órgãos envolvidos na operação de resgate das vítimas do naufrágio.

Possível tromba d'água

No trabalho de investigação, a Polícia Civil já ouviu integrantes da tripulação e sobreviventes. O dono da embarcação, inclusive, já foi ouvido na manhã desta quarta, e informou que 48 pessoas, entre tripulação e passageiros, estavam a bordo, contradizendo o número de 70 pessoas a bordo divulgado pela imprensa.

Segundo o delegado Elcio de Deus, de Porto de Moz, muitos sobreviventes disseram que a embarcação foi atingida por uma tromba d’água, fenômeno semelhante a um tornado.

“A tripulação disse ter visto, no horizonte, algo com o formato de um funil, acompanhado de muita chuva e vento forte, e que teria pego o barco pela popa e o afundado. De acordo com os relatos a embarcação girou e afundou em seguida” no Rio Xingu, informou o delegado.

Leia também: Cármen Lúcia manda investigar salários pagos a juízes em todo o Brasil

* Com informações da Agência Brasil.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!