Um dos traficantes mais procurados na América do Sul pela PF (Polícia Federal) e a Interpol, a polícia internacional, foi preso neste sábado. Luiz Carlos da Rocha, o Cabeça Branca, comandava uma organização criminosa especializada em tráfico internacional de drogas e lavagem de dinheiro.
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O criminoso foi alvo da Operação Spectrum, da PF . Ele era considerado um dos “barões das drogas” no Brasil ainda em liberdade, com condenações proferidas pela Justiça Federal que somam mais de 50 anos de prisão.
Em nota, a polícia informou que Luiz foi recentemente localizado pela área de combate ao tráfico de drogas da instituição, apesar de ter feitos várias cirurgias plásticas para mudar a aparência. Ele também estava usando o nome de Vitor Luiz de Moraes para não ser encontrado.
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A organização criminosa liderada por Rocha tinha perfil de extrema periculosidade e violência, segundo a PF. O grupo utilizava escoltas armadas, carros blindados, ações de contra vigilância a fim de impedir a proximidade policial, porte de armas de grosso calibre e emprego de ações violentas. Tudo isso fez com que a organização se mantivesse em atividade por aproximadamente 30 anos no tráfico.
Caminho da droga
O grupo operava como uma estrutura empresarial, controlando e agindo desde a área de produção em regiões inóspitas e de selva em países como a Bolívia, o Peru e a Colômbia, até a logística de transporte, distribuição e manutenção de entrepostos no Paraguai e no Brasil. Ele se fixou ainda em áreas estratégicas próximas aos principais portos brasileiros e grandes centros de consumo, dedicando-se à exportação de cocaína para a Europa e os Estados Unidos.
As investigações identificaram Rocha como um dos principais fornecedores de cocaína para facções criminosas paulistas e cariocas. Estima-se que a quadrilha liderada por ele era responsável pela introdução de cinco toneladas de cocaína por mês em território nacional, com destino final o exterior e o próprio Brasil.
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A cocaína era transportada em aviões de pequeno porte que partiam dos países produtores, utilizando-se do espaço aéreo venezuelano com destino a fazendas no Brasil, na fronteira entre os estados do Pará e de Mato Grosso. Depois de descarregada dos aviões do narcotráfico, a cocaína era colocada em caminhões e carretas com fundos falsos, especialmente preparados para o transporte da droga, cujo destino era o interior do estado de São Paulo, para distribuição a facções criminosas de São Paulo e do Rio, ou o porto de Santos (SP), de onde era exportada para a Europa ou os Estados Unidos.
Segundo nota da PF, as ações deste sábado "desarticulam o núcleo e comando do grupo criminoso, encerrando a continuidade das ações delitivas e estancando o ingresso de vultosas cargas de cocaína destinada ao uso no Brasil e no exterior."