O Palácio do Jaburu foi invadido na madrugada deste sábado (1º) por uma mulher “aparentemente embriagada”, segundo afirmou o Gabinete de Segurança Institucional (GSI). Ela teria pulado a cerca de segurança, entrando na área externa da residência do presidente Michel Temer e sua família, em Brasília, por volta das 3h da manhã.
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Ainda de acordo com o gabinete, foram realizados disparos com armas de fogo para servir de advertência. Em seguida, a segurança de Michel Temer realizou a imobilização e detenção da invasora no estacionamento interno do Palácio do Jaburu. A mulher foi identificada e conduzida à Polícia Federal, tendo sido liberada após assinar um Termo Circunstanciado por desobediência.
A capital federal vive uma semana de invasões nos palácios presidenciais. Este foi o segundo dentro de poucos dias, já que na noite da última quarta-feira (28), um adolescente derrubou o portão de entrada do Palácio da Alvorada, só havendo sido parado na área interna por seguranças. Também foram utilizados disparos com armas de fogo.
Temer escolheu morar no Palácio do Jaburu, embora o da Alvorada seja a residência oficial da Presidência da República.
“País não vai parar”
Em vídeo publicado nesta sexta-feira (30), o presidente do País fez um balanço positivo da semana (conturbada), afirmando que “o País não vai parar” e que “continuará avançando”. Na mensagem, destacou a importância da reforma trabalhista, que está no Senado, além de citar a redução da meta da inflação para 2019, de 4,5% para 4,25%.
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O presidente fechou o discurso dizendo que, aos poucos, o Brasil estava "voltando a caminhar" e aproveitou para alfinetar a oposição, dizendo que ele "não conseguirão parar o País". Assista ao pronunciamento na íntegra.
Temer na mira
A Câmara dos Deputados iniciou, na última quinta-feira (29), um processo que vai decidir se o Supremo Tribunal Federal (STF) poderá ou não investigar o presidente pelo crime de corrupção passiva, o qual ele é acusado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
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Contudo, para que Michel Temer seja investigado é necessário que dois terços da Casa votem a favor da decisão de Rodrigo Janot. Isso acontece porque a Constituição brasileira prevê que, para que um inquérito seja aberto contra o presidente, são precisos os votos de 342 deputados. Assim, se isso não acontecer, o STF não pode dar continuidade ao processo.