Milhares de fiéis católicos de todo o Brasil acordaram bem cedo nesta quinta-feira (15) para fazer os tradicionais tapetes da celebração de Corpus Christi. Primeiro, aqueles com aptidão para desenhos fazem o contorno a giz da imagem que será reproduzida no chão, em seguida, ela preenchida com materiais como areia, sal, serragem, palha de arroz, borra de café e tinta. Apesar de todo o trabalho, o objetivo do tapete é servir de passagem para a procissão que também marca a data.
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No Distrito Federal, cerca de 600 jovens de paróquias de todas as regiões de Brasília chegaram cedo para fazer o tapete da Esplanada dos Ministérios. “São 25 grupos de paróquias e movimentos que trabalham com a juventude em todo o DF. Os tapetes são o local onde o Cristo Eucarístico vai passar, a imagem sendo conduzida pelo arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha”, explica Aloísio Parreiras, da comissão de Corpus Christi da Arquidiocese de Brasília.
A expectativa da organização é a de que 90 mil fiéis participem da missa e procissão. A celebração está relacionada ao sacramento católico da eucaristia, quando o pão, representado pela hóstia, e o vinho se transformam no corpo e no sangue de Jesus Cristo após serem consagrados pelo sacerdote.
Cooperação
E só com um trabalho de equipe mesmo para que tudo fique pronto. Só na Esplanada dos Ministérios são 160 metros de tapete. Cada quadro tem 5 metros de comprimento por 4 metros de largura.
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Integrante de um dos grupos que participa da produção, o tesoureiro Jubson Feliciano da Silva, de 26 anos, afirma que são necessárias cerca de cinco horas de trabalho para o tapete “ficar do jeito que a gente quer”. “É mais a interação. As pessoas se ajudam muito. Um vai buscar água, o outro passa a ferramenta.”
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Em outro pedaço do tapete de Corpus Christi, jovens de outro grupo se divertiam enquanto trabalhavam. “Mesmo usando luva, a gente fica com a mão suja. Mas é um trabalho para Deus, a gente fica feliz”, diz a estudante Mariana Rizzo dos Santos, de 16 anos. “Nem precisa de muita gente, mas quanto mais, melhor”, acrescenta Lucas Ribeiro, 17 anos.
*Com informações da Agência Brasil