Milhares de fiéis católicos de todo o Brasil acordaram bem cedo nesta quinta-feira (15) para fazer os tradicionais tapetes da celebração de Corpus Christi. Primeiro, aqueles com aptidão para desenhos fazem o contorno a giz da imagem que será reproduzida no chão, em seguida, ela preenchida com materiais como areia, sal, serragem, palha de arroz, borra de café e tinta. Apesar de todo o trabalho, o objetivo do tapete é servir de passagem para a procissão que também marca a data.

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Confecção dos tapetes de sal de Corpus Christi na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro
Fernando Frazão/Agência Brasil 15.06.2017
Confecção dos tapetes de sal de Corpus Christi na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro

No Distrito Federal, cerca de 600 jovens de paróquias de todas as regiões de Brasília chegaram cedo para fazer o tapete da Esplanada dos Ministérios. “São 25 grupos de paróquias e movimentos que trabalham com a juventude em todo o DF. Os tapetes são o local onde o Cristo Eucarístico vai passar, a imagem sendo conduzida pelo arcebispo de Brasília, Dom Sérgio da Rocha”, explica Aloísio Parreiras, da comissão de Corpus Christi da Arquidiocese de Brasília.

A expectativa da organização é a de que 90 mil fiéis participem da missa e procissão. A celebração está relacionada ao sacramento católico da eucaristia, quando o pão, representado pela hóstia, e o vinho se transformam no corpo e no sangue de Jesus Cristo após serem consagrados pelo sacerdote.

Cooperação

E só com um trabalho de equipe mesmo para que tudo fique pronto. Só na Esplanada dos Ministérios são 160 metros de tapete. Cada quadro tem 5 metros de comprimento por 4 metros de largura.

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Integrante de um dos grupos que participa da produção, o tesoureiro Jubson Feliciano da Silva, de 26 anos, afirma que são necessárias cerca de cinco horas de trabalho para o tapete “ficar do jeito que a gente quer”. “É mais a interação. As pessoas se ajudam muito. Um vai buscar água, o outro passa a ferramenta.”

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Em outro pedaço do tapete de Corpus Christi, jovens de outro grupo se divertiam enquanto trabalhavam. “Mesmo usando luva, a gente fica com a mão suja. Mas é um trabalho para Deus, a gente fica feliz”, diz a estudante Mariana Rizzo dos Santos, de 16 anos. “Nem precisa de muita gente, mas quanto mais, melhor”, acrescenta Lucas Ribeiro, 17 anos.

*Com informações da Agência Brasil

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