A Polícia Civil do Rio de Janeiro efetuou na semana passada a maior apreensão de armas da história do Brasil ao localizar um arsenal de 60 fuzis escondidos em aquecedores para piscinas no terminal de cargas do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro Galeão/Tom Jobim. O feito, no entanto, será alvo de investigação.
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O Ministério Público Federal no Rio de Janeiro (MPF-RJ) instaurou procedimento investigatório criminal para apurar possível conduta irregular por parte dos policiais civis. Isso porque o local onde ocorreu a apreensão de armas
trata-se de área sob controle da Polícia Federal.
A Procuradoria fluminense quer saber porque a Polícia Federal não participou da operação, além de suas possíveis conexões com agentes públicos. O MPF deu prazo de cinco dias para a Polícia Federal e a Polícia Civil prestarem esclarecimentos a respeito da apreensão.
"Evidentemente não é a apreensão de armas em si o centro de nossas preocupações, uma vez que a entrada ilegal de armas, destina-se, em regra, a fortalecer o crime organizado. A questão é compreender em que circunstâncias a operação foi deflagrada e quais são seus antecedentes", explicou o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, coordenador do Controle Externo da Atividade Policial no Rio de Janeiro.
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Investigações
O arsenal encontrado pelos policiais civis no Galeão era formado por 60 armas de guerra, sendo 45 fuzis AK47, outros 14 AR10 e um fuzil G3, além de diversas munições. As armas estavam escondidas em aquecedores para piscinas que eram transportados em contêineres.
De acordo com o delegado titular da Delegacia de Roubos e Furtos de Carga (DRFC) Maurício Mendonça, o líder da organização criminosa que tentou trazer ao Brasil o armamento de alto poder bélico é um brasileiro que vive em Miami, nos Estados Unidos.
As apurações, segundo relata a Agência Brasil, já identificaram algumas empresas que estão envolvidas na compra do armamento. O objetivo agora é a identificação dos sócios, para tentar estabelecer a participação de cada um no organograma criminoso. Por outro lado, busca-se ainda descobrir quem compraria os produtos que culminaram na maior apreensão de armas do Brasil.
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