Polícia Federal e Exército destruíram cerca de 4.000 armas recolhidas pela PF nos últimos dois anos
Tânia Rêgo/Agência Brasil - 2.6.17
Polícia Federal e Exército destruíram cerca de 4.000 armas recolhidas pela PF nos últimos dois anos


A crescente onda de atentados terroristas  ao redor do mundo já matou um total de 3.314 pessoas em 2017, segundo levantamento realizado pelas empresas Esri Story Maps e PeaceTech Lab. O trágico saldo de 498 ataques ocorridos neste ano, no entanto, não consegue superar o número de mortes violentas registradas no Brasil em apenas três semanas. Por aqui, cerca de 3,4 mil pessoas foram assassinadas a cada 21 dias em 2015, segundo o Sistema de Informação sobre Mortalidade do Ministério da Saúde.

A comparação entre mortes violentas no Brasil e vítimas de atentados foi feita pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, que divulgaram o Atlas da Violência 2017 nesta segunda-feira (5).

De acordo com o estudo, o País contabilizou mais de 59 mil assassinatos em 2015. Essa já é a segunda vez seguida que esse número permanece próximo da marca de 60 mil homicídios, o que, na avaliação dos pesquisadores, consolida uma "mudança de patamar" da violência bo Brasil.

Para cada grupo de 100 mil brasileiros, foi verificado em 2015 uma taxa de 28,9 assassinatos. O índice está 3,1 pontos percentuais abaixo do estudo de 2014, mas ainda assim está 10,6 pontos percentuais acida do que foi registrado há dez anos, em 2005.

A variação da taxa de homicídios se deu de forma desigual no País nesse período entre 2005 e 2015. Em seis estados das regiões Norte e Nordeste, a taxa cresceu mais de 100%, enquanto em todo o Sudeste o indicador caiu. No Rio Grande do Norte, a taxa de homicídios cresceu 232%. Em São Paulo, houve queda de 44,3%.

Além dos estados do Sudeste, houve quedas da taxa de homicídios em Rondônia, Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Paraná.

Pernambuco é destacado pela pesquisa como uma "ilha de diminuição de homicídios" em meio a uma região em que a taxa cresceu com grande intensidade. Apesar disso, a queda de 36% obtida entre 2007 e 2013 acabou diluída pelo aumento de 13,7% registrado de 2014 para 2015.

Em números absolutos, a Bahia registrou em 2015 o maior número de assassinatos, com 6.012. O número é mais que o dobro do de 2005, que era de 2.881.

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São Paulo

São Paulo teve em 2005 um total 8.870 assassinatos, índice que baixou para 5.427 em 2015. Apesar de ter o segundo maior número absoluto de mortes no País, o estado fechou o ano com a menor taxa de homicídios para cada 100 mil habitantes (12,2 casos).

A pesquisa também fez análises no nível municipal e apontou que, entre as cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, Altamira, no Pará, teve a maior taxa de homicídios do País em 2015, com 105,2 casos para 100 mil pessoas.

Impactada pela construção da Usina de Belo Monte, a cidade, segundo a pesquisa, é um exemplo de como o crescimento rápido e desordenado pode ter implicações sobre o nível de criminalidade.

Na outra ponta da tabela, a cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, é o município com mais de 100 mil habitantes que registra o menor número de mortes violentas. Foram cinco assassinatos em 2015 e uma taxa de homicídios de 3,1 casos para cada 100 mil habitantes.

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*As informações e reportagem são da Agência Brasil

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