A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (31) a segunda fase da Operação Carne Fraca , que apura crimes envolvendo agentes de fiscalização e donos de frigoríficos. De acordo com a corporação, foram cumpridos no estado de Goiás um mandado de prisão e três de busca e apreensão.
O principal alvo da operação Antídoto, nome dado à nova etapa da Carne Fraca , é um ex-superintendente Regional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Goiás. Francisco Carlos de Assis, que já é réu na ação penal iniciada a partir da operação, foi flagrado pelos investigadores destruindo provas. O flagrante foi obtido por meio de interceptações telefônicas do investigado.
Assis já havia sido conduzido coercitivamente (quando o suspeito é levado a prestar depoimento e liberado em seguida) em 17 de março, quando foi deflagrada a primeira fase da megaoperação.
Segundo a PF, o ex-superintendente do Serviço de Inspeção em Produtos de Origem Animal do Mapa em Goiás participava do esquema de corrupção, tendo impedido que uma “grande empresa” do setor alimentício fosse interditada em razão das irregularidades constatadas por fiscais que inspecionaram o estabelecimento.
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Mandados de busca e apreensão
A dimensão da nova fase da operação constrasta com os megaesforços empenhados na primeira ocasião, em março. Naquela ocasião, foram cumpridos 309 mandados judiciais em Goiás, Paraná e Minas Gerais, sendo 27 de prisão preventiva, 11 de prisão temporária, 77 de condução coercitiva e 194 de busca e apreensão.
A PF também investiga a suposta participação do ex-chefe do Serviço de Inspeção em Produtos de Origem Animal da superintendência goiana, Dinis Lourenço da Silva, que chegou a ser detido em caráter preventivo na primeira fase da operação. Os investigados responderão pela prática de crimes obstrução de investigação criminal, além de outros crimes já identificados nos autos.
A nova fase da Carne Fraca foi batizada de Antídoto em referência à ação para impedir que os investigados deem continuidade a eventuais ações criminosas e preservar as provas que ainda não tenham sido recolhidas.
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*Com informações da Agência Brasil