Usuários se apertam para entrar nos trens na direção do Grajaú, na Estação Pinheiros da Linha Esmeralda da CPTM
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Usuários se apertam para entrar nos trens na direção do Grajaú, na Estação Pinheiros da Linha Esmeralda da CPTM

A Justiça Federal em São Paulo aceitou a denúncia sobre o chamado cartel dos trens, feita pelo Ministério Público, em fevereiro deste ano.

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Ao todo, nove pessoas – dentre elas, ex-executivos, consultores, e ex-dirigentes da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) – são acusados de usar empresas falsas de consultoria e contas no exterior em um esquema de lavagem de dinheiro.

Todos agora são considerados réus do caso, que, se condenados, podem pegar penas de 4 a 16 anos de prisão.

De acordo com o Ministério Público, o dinheiro envolvido no esquema de corrupção vinha da contratação do primeiro trecho (Capão Redondo – Largo Treze) da linha 5-Lilás do Metrô de São Paulo. 

Os beneficiários foram um cartel de multinacionais que levaram contratos de R$ 527 milhões pagando propina de R$ 26 milhões entre 1999 e 2011, durante as gestões do PSDB – Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.

O juiz decretou sigilo de documentos. Assim que forem intimados, os réus terão dez dias para se defender.

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Os documentos que levaram à ação do MP foram obtidos com colaboração com o Uruguai.

Demora

De acordo com o Ministério Público Federal, o caso deve ser concluído ainda em 2017. No entanto, os investigados não devem ser enquadrados em crime de formação de quadrilha, porque o pena já prescreveu.

Durante o período em que o inquérito ficou nas mãos do procurador Rodrigo de Grandis, a maior parte dos R$ 600 milhões sequestrados pela Justiça junto a ex-agentes públicos e empresas envolvidas no esquema foi desbloqueado.

Segundo o MPF, a demora para a conclusão do caso se deve ao fato de a PF ter concluído o inquérito sem o resultado das colaborações internacionais com autoridades de Suíça, Alemanha e Uruguai.

Os países europeus liberaram documentos sobre o cartel dos trens no primeiro semestre de 2016 , mas o governo do Uruguai só enviou os dados em outubro. Sem estes documentos, afirma a Procuradoria, não haveria provas para embasar as denúncias.

* Com informações de Agência Brasil.

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