PF prende ex-prefeito de Urânia em operação que investiga desvio de verbas

Ao todo, são cumpridos quatro mandados de prisão temporária, 10 de condução coercitiva e sete de busca e apreensão em municípios paulistas

Ex-prefeito de Urânia foi preso na manhã desta quinta-feira (30) por suspeita de desvio de verba
Foto: Divulgação/PMDB
Ex-prefeito de Urânia foi preso na manhã desta quinta-feira (30) por suspeita de desvio de verba

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (30), a Operação Repartição, que investiga uma suspeita de desvio de verbas na prefeitura de Urânia (SP).

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Ao todo, são cumpridos quatro mandados de prisão temporária, 10 de condução coercitiva e sete mandados de busca e apreensão nas cidades de Urânia , Jales (SP) e Votuporanga (SP).

O ex-prefeito da cidade Francisco Airton Aracuza foi levado preso. Ele, o ex-chefe do RH da prefeitura e o dois advogados são acusados de desviar, juntos, cerca de R$ 400 mil que a prefeitura de Urânia recebeu do Governo Federal.

O esquema também parece envolver fraudes na folha de pagamento da prefeitura do município na gestão passada.

De acordo com a PF, o ex-prefeito, os advogados e o ex-diretor de RH, além de outros 10 investigados que faziam parte dos servidores de confiança de Aracuza, poderão responder pelos crimes de desvios de verba pública, peculato e associação criminosa.

As penas para tais crimes podem chegar a até 25 anos de reclusão.

Os presos, após serem ouvidos pela autoridade policial, serão encaminhados às cadeias de Santa Fé do Sul (SP) e Guarani d’Oeste (SP), onde permanecerão à disposição da Justiça.

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Segundo a PF, nos pagamentos suspeitos, pagos a apenas alguns assessores próximos a Aracuza, foram indenizadas férias e licenças-prêmio de até sete anos de trabalho. Dois ex-assessores jurídicos receberam valores de acerto trabalhista de até R$ 62 mil.

A polícia diz ainda que, ao analisar o histórico de remuneração dos ex-assessores, foi verificado que alguns deles tiveram até 400% de aumento salarial no período da administração do ex-prefeito.

Além disso, os demais funcionários da prefeitura – o que representa mais de 400 pessoas – passaram dificuldades no final do ano em razão da falta do recebimento dos salários e décimo terceiro.

Somente o valor recebido a título de repatriação em Urânia seria praticamente suficiente para pagar a folha integral dos 295 servidores ativos do município, mas apenas os 12 servidores envolvidos no esquema foram contemplados.

Operação Repartição

A operação da Polícia Federal em Urânia foi batizada com o nome Repartição em alusão à repartição – no sentido de divisão e distribuição – indevida de recursos públicos que ocorreu em uma repartição.

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