Os soldados das Forças Armadas, convocados para patrulhar as ruas do Rio de Janeiro
, de Niterói e de São Gonçalo em apoio à Polícia Militar, vão manter o policiamento até a meia-noite desta quarta-feira (22), informou o Comando Militar do Leste.
O emprego das Forças Armadas na região metropolitana do Rio foi autorizado por um decreto de Garantia da Lei da Ordem, cujo prazo termina nesta quarta. Nesta terça-feira (21), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, anunciou a retirada das tropas dos três municípios.
A assessoria de imprensa do Ministério da Defesa informou nesta quarta que a saída "vai ocorrer de forma gradativa, sob um planejamento também logístico".
A chegada dos nove mil militares às ruas se deu em meio aos protestos de familiares de policiais, que impediam a saída dos PMs de algumas unidades, como o Batalhão de Choque. Os manifestantes, que se identificavam como mulheres e parentes de PMs, cobravam o pagamentos de salários atrasados, a exemplo do que aconteceu no Espírito Santo.
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Segundo a Polícia Militar, mesmo com o apoio das tropas federais, a corporação não deixou de fazer o patrulhamento.
Espírito Santo
O presidente também enviou militares das Forças Armadas e da Força Nacional de Segurança Pública ao Espírito Santo. O estado enfrentou, em fevereiro, uma onda de violência sem precendentes devido à paralização dos policiais militares.
Além de reajuste salarial, as famílias dos PMs pediam o pagamento de auxílio alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno. Também foram denunciados o sucateamento da frota e a falta de perspectiva de carreira.
A presença dos efetivos do Exército, Marinha e Aeronáutica no Espírito Santo será prorrogada por 13 dias além do que estava previsto. Na semana passada, o governo já havia autorizado a permanência dos 3.450 militares na Operação Capixaba até a próxima quinta-feira (23).
Para o ministro da Defesa, Raul Jungmann, a diferença se dá porque as polícias militares ainda estão desfalcadas em cerca de 30%. “No Espírito Santo, a situação de falência da Segurança Pública é evidente. Por isso, iremos renovar a GLO (a chamada Garantia da Lei e da Ordem). Conversei com assessores e decidi que mais 13 dias serão necessários, e agora deve-se fechar a logística”, informou o ministro, segundo sua assessoria de imprensa.
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Solicitada pelo governador do estado ou do Distrito Federal, em casos excepcionais, a GLO é feita ao presidente da República quando há insuficiência das forças estaduais de Segurança Pública. Com isso, o presidente analisa a possibilidade de enviar as Forças Armadas ou a Força Nacional ao lugar.
* Com informações da Agência Brasil.