Temer considerou como ilegal a paralisação dos policiais; foi a primeira vez que ele se manifestou sobre o assunto
Antonio Cruz/Agência Brasil - 9.2.2017
Temer considerou como ilegal a paralisação dos policiais; foi a primeira vez que ele se manifestou sobre o assunto

O presidente Michel Temer enviou nota à imprensa nesta sexta-feira (10) na qual critica a greve dos policiais militares no Espírito Santo, que já dura sete dias. O chefe do Executivo federal disse que a "paralisação ilegal" tem causado temor à população e afirmou que o direito de reivindicar "não pode tornar o povo brasileiro refém".

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"O presidente conclama aos grevistas que retornem ao trabalho como determinou a Justiça e que as negociações com o governo transcorram dentro do mais absoluto respeito à ordem e à lei, preservando o direito e as garantias do povo que paga o salário dos servidores públicos, sejam eles civis ou militares", afirmou a Secretaria de Comunicação Palácio do Planalto a respeito da paralisação .

Foi a primeira vez que temer se manifestou publicamente a respeito do assunto. No começo da semana, o governo autorizou de equipes das Forças Armadas e da Força Nacional para auxiliar na segurança da capital Vitória e sua região metropolitana. O comunicado assegura que Temer acompanha os fatos no Estado "desde os primeiros momentos".

Caos geral

Desde sábado, 121 homicídios já foram registrados na região. Na manhã desta sexta-feira, 703 policiais militares foram indiciados pelo crime de revolta por estarem armados e aquartelados nos batalhões.

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"O presidente tem se informado todos os dias com o governador Paulo Hartung e vai fazer todos os esforços para que o Espírito Santo retorne à normalidade o quanto antes. Agirá da mesma forma sempre que necessário, em todos os locais onde for preciso.  O presidente ressalta que o direito à reivindicação não pode tornar o povo brasileiro refém. O estado de direito não permite esse tipo de comportamento inaceitável", diz a nota.

Interlocutores do governo federal informam que o Planalto está em alerta em relação à possibilidade de que outros movimentos grevistas de policiais militares se espalhem por outros estados brasileiros. Essa preocupação, afirmam, pode levar o presidente a acelerar a indicação do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, cujo titular, Alexandre de Moraes, se licenciou após ser indicado para uma vaga no Supremo Tribunal Federal.

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Na manhã de hoje, familiares de policiais no Rio de Janeiro concentraram-se em frente a diversos batalhões, impedindo a saída de viaturas, da mesma forma como ocorre a paralisação no Espírito Santo.


* Com informações da Agência Brasil

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