Empresário Eike Batista depôs na superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro por quase quatro horas
Tânia Rêgo/Agência Brasil 30.01.2017
Empresário Eike Batista depôs na superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro por quase quatro horas

Após prestar depoimento por quase quatro horas, o empresário Eike Batista deixou no início da noite desta terça-feira (31) o prédio da Superintendência da Polícia Federal no Rio de Janeiro, na zona portuária da capital fluminense. Ele já foi levado de volta ao presídio Bangu 9, onde está preso desde segunda-feira (30).

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Eike Batista depôs na Delecor (Delegacia de Combate ao Crime Organizado e Desvio de Recursos) das 15h às 18h46. Ele saiu acompanhado de quatro agentes em uma viatura descaracterizada da PF. A saída do empresário foi tranquila, ao contrário do que ocorreu no início da tarde, quando dezenas de curiosos acompanharam a chegada do ex-magnata ao local.

Acompanharam o depoimento os procuradores Eduardo El Hage e Leonardo Cardoso de Freitas, que é o coordenador do grupo do MPF (Ministério Público Federal) à frente das investigações das operações Calicute e Eficiência. A Polícia Federal  informou que não será revelado qualquer tipo de informação sobre o conteúdo das respostas e declarações do empresário.

Antes de retornar à penitenciária, o proprietário do Grupo EBX foi novamente levado ao IML (Instituto Médico-Legal), onde passou por exame de corpo de delito. Ele teve a prisão preventiva decretada no dia 26 e, como estava fora do Brasil, teve o nome incluído na lista internacional de procurados da Interpol .

Delação premiada

Ao chegar à superintendência da PF, o advogado Fernando Martins, que defende Batista na Justiça, disse que, a princípio, não existe a possibilidade de que seu cliente feche um acordo de delação premiada com as autoridades.

De acordo com informações publicadas pelo jornal “Folha de S.Paulo”, o criminalista garantiu ainda que protocolou nesta terça-feira (31) um pedido de habeas corpus pedindo a revogação da prisão preventiva do empresário.

Entenda o caso

Alvo de uma operação decorrente da Lava Jato , o proprietário do Grupo EBX é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que também atinge o ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral (PMDB), que também está preso em Bangu.

Ele e o executivo Flávio Godinho, seu braço direito no grupo EBX e vice-presidente do Flamengo, são acusados de terem pago US$ 16,5 milhões a Cabral em troca de benefícios em obras e negócios do grupo , usando uma conta fora do Brasil . Os três também são suspeitos de terem obstruído as investigações.

Eike Batista já esteve na lista dos dez homens mais ricos do mundo, de acordo com a revista Forbes.


* Com informações da Agência Brasil

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