O presidente Michel Temer participou de ato solene em memória às vítimas do Holocausto neste domingo (29) em São Paulo. "Nós temos que relembrar permanentemente o Holocausto. Passem dias, meses, anos, séculos", afirmou.
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Temer acredita que a morte de 6 milhões de judeus na Segunda Guerra Mundial foi “uma lição para o futuro e para o presente”, além de “revelar a intolerância que existe no mundo”.
A cerimônia ocorreu na sinagoga da Congregação Israelita Paulista (CIP), no centro da capital, e foi celebrada pelo rabino Michel Schlesinger. Entre os rituais do ato que marcou o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, comemorado no dia 27 de janeiro, houve o acendimento de seis velas em memória das vítimas. Temer acendeu uma delas ao lado de um sobrevivente do Holocausto, um jovem da comunidade judaica e um líder religioso.
Também participaram da homenagem o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, o prefeito da capital, João Doria, e o ministro das Relações Exteriores, José Serra.
Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto
George Legmann, de 72 anos, foi um dos poucos bebês a nascer e sobreviver dentro de um campo de concentração. Vivendo atualmente no Brasil, ele acredita que o Dia Internacional em Memória das Vítimas tem papel fundamental para evitar genocídios semelhantes. “Essa foi talvez a maior tragédia que se conhece da história mundial e é importante que isso seja rememorado para que nunca mais aconteça uma barbárie dessa natureza.”
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A data instituída pela ONU (Organização das Nações Unidas) relembra o dia em que os prisioneiros foram libertados pelas tropas soviéticas do campo de extermínio de Auschwitz, na Polônia, o mais atroz símbolo do Holocausto.
Uma pesquisa global feita em 2014 mostrou que 46% da população mundial nunca ouviu falar do Holocausto. Um dos principais objetivos da data é conscientizar sobre a importância da educação sobre o tema.
“Talvez nem todo mundo saiba o que aconteceu na Segunda Guerra Mundial, onde foram exterminados pelos nazistas 6 milhões de judeus, e também dizimados a população de outras minorias como ciganos, testemunhas de Jeová e também homossexuais”, relembra Legmann.
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O sobrevivente espera que novos conflitos de intolerância não se repitam. “Temos que lutar pela paz, pela igualdade entre os povos, raças e sexos, a humanidade tem que conscientizar que não podem acontecer guerras desta maneira.”
Exposição fotográfica
Durante o evento deste domingo, também foi inaugurada a exposição fotográfica Lembrar e Honrar, sobre as crianças no Holocausto, com curadoria do editor da Revista Shalom, Nessim Hamaoui. A mostra apresenta o conteúdo divulgado pela revista desde 2002, em edições especiais feitas em conjunto com o Museu do Holocausto de Jerusalém – Yad Vashem. A exposição ficará em cartaz na CIP até 26 de fevereiro.
*Com informações da Agência Brasil