Batalhão de Choque entra em presídio do RN onde 26 foram mortos em rebelião
Reprodução/Globo News - 18.01.2017
Batalhão de Choque entra em presídio do RN onde 26 foram mortos em rebelião


Uma operação do Batalhão de Choque da Polícia Militar na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, na região metropolitana de Natal (RN), ocorrida na tarde desta quarta-feira (18) ocasionou na transferência de 220 presos da penitenciária para outras unidades prisionais do estado. O governo do Rio Grande do Norte espera ainda por uma resposta referente ao pedido feito à Justiça para as transferências de 18 detentos levados hoje de Alcaçuz para presídios federais.

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Os detentos que saíram de  Alcaçuz  ficavam nos pavilhões 1 e 2, que são de domínio da facção criminosa Sindicato do RN. Todos os presos que deixaram a penitenciária serão substituídos por outros 230, de outros presídios que supostamente não são parte de nenhum grupo organizado.

“Trouxemos para Alcaçuz presos de posição neutra e acreditamos que com isso a unidade pode ficar mais tranquila”, afirmou o secretário de Segurança Pública e Defesa Social do RN, Caio Bezerra, durante entrevista coletiva. “Foi necessário abrirmos essas novas vagas, com autorização da Justiça, para receber os presos que estavam amotinados em Alcaçuz", completou.

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Fuga e confrontos no sistema

O secretário declarou ainda que não houve diálogo com as facções criminosas para acordar as transferências. De acordo com Bezerra, a decisão foi estratégica, devido o risco de fuga e de um novo confronto em Alcaçuz.

“Fizemos a transferência, principalmente, de presos que estavam nos pavilhões 1 e 2, porque tivemos notícias de escavações intensas de túneis que traziam risco muito grande de fugas”, detalhou. Ainda segundo o secretário, investigações da Polícia Civil do estado mostraram um planejamento avançado de retaliação dos presos dos pavilhões 1 e 2, do Sindicato do RN, contra os presos do pavilhão 5, composto por integrantes do PCC.

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Os detentos do pavilhão 5 em Alcaçuz foram os culpados pelo começo da rebelião que aconteceu de sábado (14) para domingo (15), o que resultou na morte de 26 pessoas. Perguntado sobre a razão para não fazer a transferência dos detentos do pavilhão 5, uma vez que estes foram os responsáveis pelo episódio, o secretário afirmou que "diversos fatores” tiveram influência na decisão, principalmente a questão logística. O pavilhão 5 abriga mais de 500 detentos e fica no fundo do complexo, já os pavilhões 1 e 2 ficam perto da entrada do presídio, o que facilita a ação da polícia e evita confrontos.

*Com informações da Agência Brasil

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