A Penitenciária Esmeraldino Bandeira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na zona oeste do Rio de Janeiro, foi cenário de um tumulto entre os presos na manhã desta quarta-feira (18). A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) informou que não há rebelião. Segundo a secretaria, houve uma briga entre seis internos e a situação foi controlada pela direção do presídio.
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Para o presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio de Janeiro, Gutembergue de Oliveira, a suspensão da visita de familiares aos presos nos presídios do estado por causa da greve dos agentes penitenciários não foi o que teria causado a confusão. “A origem do problema é questão de convivência, essa relação conturbada de homens confinados, com superpopulação carcerária”, disse.
“Eles [presos] se desentenderam, saíram no tapa. Poucos feridos, com lesões muito pequenas, uma meia dúzia [de feridos]. Teve uma intervenção rápida de um grupamento que nós temos que é especialista em controle de distúrbio nas unidades prisionais, o Grupamento de Intervenção Tática. E não precisou disparar um tiro de bala de borracha”, acrescentou Oliveira.
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Segundo a Seap, o Grupamento de Intervenção Tática foi acionado, mas não houve necessidade de incursão na unidade.
Greve
Mesmo com o anúncio de que o salário de dezembro de todos os servidores ativos e inativos da área de segurança pública do Rio de Janeiro será pago nesta quarta-feira (18), os sindicatos de policiais civis e de agentes penitenciários reforçaram a mobilização das categorias, que estão paralisadas.
O salário de dezembro é parte da dívida do governo do Rio com os profissionais, que ainda cobram o recebimento do décimo terceiro, das horas extras do segundo semestre de 2016 e de prêmios por cumprimento de metas.
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Crise penitenciária
Desde o início do ano, ao menos 127 presos foram assassinados durante rebeliões em penitenciárias do Amazonas, de Roraima e do Rio Grande do Norte, estados que convivem com uma disputa entre facções pelo controle das prisões.