De acordo com o secretário de Justiça e Cidadania, Uziel Castro, que está no local, não houve rebelião e a matança seria de responsabilidade de presos do Primeiro Comando da Capital (PCC) que estavam concentrados neste centro de detenção.
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Segundo o secretário, não foram encontradas, até o momento, armas de fogo no local, mas os corpos estariam "destroçados" e diversos decapitados.
Ele ainda esclareceu que os presos das duas principais facções do país - o PCC e o Comando Vermelho (CV) ficam em locais separados na região. Em outubro de 2016, uma briga entre as duas facções provocou a morte de 10 detentos na mesma penitenciária.
As mortes em Roraima acontecem poucos dias depois que uma rebelião, provocada pela guerra entre duas facções - o PCC e a Família do Norte, aliada ao CV, deixou 56 presos mortos em Manaus, no Amazonas.
A briga entre o PCC e o CV se intensificou no final do ano passado, quando foi quebrada uma trégua entre os dois grupos que agem dentro e fora das prisões do país. Em outubro, as mortes de ao menos 18 detentos em prisões de Roraima e também de Rondônia foram consideradas os primeiros efeitos desta reconfiguração do crime organizado.
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Na época, a BBC Brasil conversou com a socióloga Camila Nunes Dias, professora da Universidade Federal do ABC (UFABC), em São Paulo, e autora de "PCC: Hegemonia nas prisões e monopólio da violência". Segundo ela, o fim da aliança - que pode ter ocorrido por uma disputa pelo controle de presídios - poderia gerar mais mortes em penitenciárias e acirrar as tensões também nas ruas.
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Nesta quinta-feira (5), o presidente Michel Temer e o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, anunciaram um plano de segurança nacional a partir da nova crise nos presídios do país. Entre as medidas, está a construção de novos centros de detenção estaduais e federais.