Bandeira da Otan fotografada furante uma reunão sobre Ucrânia em 15 de fevereiro de 2024 em Bruxelas
John Thys
Bandeira da Otan fotografada furante uma reunão sobre Ucrânia em 15 de fevereiro de 2024 em Bruxelas
JOHN THYS

A Otan enviará navios, aeronaves e drones para o Mar Báltico em resposta a cabos submarinos danificados por suspeita de sabotagem russa, anunciou o secretário-geral da aliança, Mark Rutte, nesta terça-feira (14).

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“Não vou entrar em detalhes sobre o número exato de navios, porque isso pode variar de semana para semana, e não queremos que o inimigo saiba mais do que já sabe”, disse Rutte em uma coletiva de imprensa.

“O importante é usar os meios militares certos, nos lugares certos e na hora certa, para impedir futuros atos de desestabilização”, acrescentou.

Vários cabos submarinos de telecomunicações e energia foram danificados no Mar Báltico nos últimos meses.

Esses atos fazem parte do que especialistas e políticos descrevem como uma “guerra híbrida” entre a Rússia e os países ocidentais.

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Os líderes dos países da Otan que fazem fronteira com o Báltico se reuniram na Finlândia nesta terça-feira para discutir como aumentar a segurança na área.

Além de Rutte, a reunião de Helsinque, co-presidida pela Finlândia e pela Estônia, contou com a presença dos líderes da Dinamarca, Alemanha, Letônia, Lituânia, Polônia, Suécia e da vice-presidente executiva da Comissão Europeia, Henna Virkkunen.

O presidente finlandês Alexander Stubb enfatizou a necessidade de diversificar as fontes de energia e os meios de comunicação. “Não podemos evitar todos os atos de sabotagem”, disse ele.

“Mais de 95% do tráfego da Internet é transportado por cabos submarinos e 1,3 milhão de quilômetros de cabos garantem transações financeiras no valor estimado de US$ 10 trilhões (R$ 61trilhões na cotação atual) todos os dias”, disse Rutte.

O cabo de energia submarino Estlink 2 entre a Finlândia e a Estônia, assim como quatro outros cabos de telecomunicações, foram danificados em 25 de dezembro, algumas semanas depois que dois cabos de telecomunicações em águas suecas foram danificados.

A polícia finlandesa suspeita que o petroleiro Eagle S, que navega sob a bandeira das Ilhas Cook, seja suspeito de “sabotagem” desses cabos. O navio foi levado para Porvoo, a leste de Helsinque, e sua tripulação foi proibida de deixar o país.

Suspeita-se que o navio faça parte de uma “frota fantasma” que ajuda a Rússia a evitar as sanções contra seu setor petrolífero, introduzidas em retaliação à invasão da Ucrânia.

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