O ex-presidente Nicolas Sarkozy, em 24 de novembro de 2023, em Paris
Geoffroy van der Hasselt
O ex-presidente Nicolas Sarkozy, em 24 de novembro de 2023, em Paris
Geoffroy VAN DER HASSELT

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi condenado, nesta quarta-feira (18), a um ano de prisão por corrupção e tráfico de influência e terá que usar tornozeleira eletrônica durante um ano, nas não terá que ir para a cadeia.

A Corte de Cassação rejeitou seu recurso e, portanto, a sentença é definitiva nesse caso. Além da pena de prisão, ele também foi condenado a três anos de inelegibilidade.

Essa é a primeira sentença definitiva para Sarkozy, 69 anos, que foi presidente de 2007 a 2012, e que “ele obviamente cumprirá”, disse seu advogado, Patrice Spinosi, à AFP, embora tenha assegurado que, após esse “dia triste”, levará o caso ao Tribunal Europeu de Direitos Humanos.

Sarkozy foi condenado em primeira instância em 1º de março de 2021 e depois, em recurso, em 17 de maio de 2023.

De acordo com o sistema judiciário, o ex-presidente e seu advogado, Thierry Herzog, selaram um “pacto de corrupção” em 2014 com Gilbert Azibert, um magistrado da Corte de Cassação.

O objetivo era que Azibert tentasse influenciar um recurso que Sarkozy havia apresentado em outro caso de supostas doações ilegais ao seu partido, que mais tarde foi retirado.

Todos os três receberam a mesma sentença, e o advogado será proibido de exercer a advocacia por três anos.

Apesar de seus problemas legais, Sarkozy continua influente na política francesa e já se reuniu várias vezes com o presidente Emmanuel Macron.

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