
O presidente da Coreia do Sul , Yoon Suk Yeol , prometeu, nesta quinta-feira (12), lutar "até o último minuto" para defender sua fracassada declaração de lei marcial na semana passada e enviar soldados ao parlamento .
"Lutarei com o povo até o último minuto", expressou Yoon em mensagem televisionada. "Peço desculpas de novo ao povo, que deve ter ficado e surpreso e ansioso devido à lei marcial", disse. "Por favor, confiem na minha calorosa lealdade ao povo."
Yoon está proibido de sair do país como parte de uma investigação por "insurreição", que inclui seu círculo mais próximo, após os fatos de 3 a 4 de dezembro quando declarou a lei marcial.
O presidente revogou a declaração horas mais tarde, depois que o Legislativo votou por anular a lei marcial. Como parte da investigação, a polícia tentou fazer buscas nesta quarta no gabinete presidencial, mas os guardas de segurança impediram sua entrada.
O principal movimento opositor, o Partido Democrático, advertiu que apresentará uma reclamação legal contra o pessoal presidencial e de segurança se insistirem em impedir o trabalho da polícia.
Yoon reconheceu nesta quinta que não poderá evitar "a responsabilidade legal e política pela declaração da lei marcial". Além disso, acusou a oposição de empurrar o país para uma "crise nacional".
"A Assembleia Nacional, dominada pelo partido grande da oposição, se transformou em um monstro que destrói a ordem constitucional da democracia liberal", declarou Yoon na mensagem televisiva.
Novo pedido de impeachment
Ainda nesta quinta (12), a oposição do governo apresentou ao Parlamento um novo pedido de impeachment contra o presidente sul-coreano. Yoon conseguiu escapar do primeiro pedido, após votação ocorrida no sóbado (7).
O Parlamento sul-coreano confirmou que seis partidos apresentaram a nova moção de impeachment, incluindo o Partido Democrático, principal da oposição. O documento entregue sugere votação dos parlamentares no próximo sábado (15).