Donald Trump cumprimenta Elise Stefanik durante um comício de campanha em Concord, New Hampshire, em 19 de janeiro de 2024.
TIMOTHY A. CLARY
Donald Trump cumprimenta Elise Stefanik durante um comício de campanha em Concord, New Hampshire, em 19 de janeiro de 2024.
TIMOTHY A. CLARY

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, já nomeou algumas pessoas de confiança para compor seu futuro gabinete e pretende que os escolhidos possam assumir os cargos sem precisar passar pelo processo de confirmação no Senado.

Publicidade

O republicano de 78 anos anunciou no domingo que confiará o polêmico assunto do controle da fronteira a Tom Homan, um defensor da política linha-dura que já esteve à frente do Serviço de Imigração e Controle de Aduanas (ICE, na sigla em inglês).

Homan voltará com a missão de implementar a promessa de Trump de realizar a maior operação de expulsão de imigrantes irregulares da história dos Estados Unidos.

O magnata também anunciou a congressista republicana Elise Stefanik, de 40 anos, como a próxima embaixadora dos Estados Unidos na ONU.

"Elise é uma combatente incrivelmente forte, dura e inteligente" da causa dos "Estados Unidos em primeiro lugar", afirmou Trump, que assumirá a presidência americana em janeiro.

Publicidade

Eleita para o Congresso em 2014 aos 30 anos, Elise Stefanik inicialmente se colocou como uma voz moderada, mas gradualmente foi se tornando pró-Trump.

Ela ganhou protagonismo a nível nacional por sua impetuosa defesa do ex-presidente no primeiro processo de impeachment, em 2019, e depois se negou a certificar as eleições vencidas por Joe Biden em 2020.

Em dezembro de 2023, Stefanik viralizou nas redes sociais ao questionar duramente a então reitora de Harvard, Claudine Gay, sobre os protestos pró-palestinos na Universidade. Gay renunciou pouco depois em meio à forte pressão.

Stefanik, uma fervorosa defensora de Israel, acusou recentemente a ONU de "apodrecer no antissemitismo".

- Forte apoio a Israel -

O embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, parabenizou Stefanik. "Em um momento em que o ódio e as mentiras preenchem os corredores da ONU, sua inabalável clareza moral é mais necessária do que nunca", escreveu nesta segunda-feira.

Publicidade

Na política dos Estados Unidos, o posto de embaixador na ONU geralmente serve como trampolim para cargos mais altos, como ocorreu com Madeleine Albright, que foi Secretária de Estado durante o governo de Bill Clinton; Susan Rice, nomeada conselheira de segurança nacional por Barack Obama; ou George Bush pai, que chegou a ser presidente.

Donald Trump havia nomeado Nikki Haley para este cargo em 2017, mas agora descartou chamá-la novamente, já que a republicana o desafiou nas primárias no início deste ano.

- Evitar o Senado -

De acordo com a Constituição dos Estados Unidos, o Senado deve aprovar as nomeações feitas pelo presidente.

Mas Trump já declarou que tentará pular essa etapa, apesar de os republicanos terem tomado dos democratas o controle da Câmara Alta.

Para isso, ele pretende utilizar uma cláusula constitucional que permite ao presidente fazer nomeações temporárias quando o Senado não está em sessão.

"Qualquer senador republicano que busca a cobiçada posição de LIDERANÇA no Senado dos Estados Unidos deve concordar com as Nomeações em Recesso", afirmou Trump no domingo.

O republicano, 45º e em breve 47º presidente dos Estados Unidos, será recebido por Joe Biden na quarta-feira na Casa Branca.

O presidente eleito fez a primeira nomeação importante na quinta-feira, ao anunciar Susie Wiles como chefe de gabinete, a primeira mulher a ocupar esse cargo estratégico.

Wiles foi a artífice da campanha eleitoral bem-sucedida com a qual Trump venceu os sete estados-chave e conquistou 312 eleitores contra 226 de Kamala Harris, com o voto popular a seu favor.

Os republicanos também são favoritos para ganhar a Câmara dos Representantes por uma margem estreita, embora em algumas regiões, como a Califórnia, a contagem ainda não tenha terminado.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!