Candidata democrata Kamala Harris em Ann Arbor, Michigan, em 28 de outubre de 2024
DREW ANGERER
Candidata democrata Kamala Harris em Ann Arbor, Michigan, em 28 de outubre de 2024
Drew ANGERER

Kamala Harris vai apelar nesta terça-feira (29) aos americanos para que virem a página e recuperem o otimismo, no local onde Donald Trump discursou a seus apoiadores antes do ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.

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Quando entrou na campanha, após a desistência do presidente Joe Biden, a vice-presidente pisou firme no acelerador, elevando o ânimo do partido e assumindo a liderança nas pesquisas nacionais, embora com o passar das semanas, a vantagem tenha diminuindo.

Agora estão lado a lado nas pesquisas, com empate técnico nos sete estados que devem definir o resultado das eleições. O local das alegações finais da ex-procuradora, de 60 anos, a dois passos da Casa Branca, não foi escolhido por acaso.

Foi lá que o ex-presidente Trump discursou aos seus apoiadores para denunciar a alegada "fraude" nas eleições de novembro de 2020.

Um grupo invadiu a sede do Congresso, onde parlamentares americanos se reuniam para certificar a vitória de Joe Biden.

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- Inimigos versus tarefas -

Aquela que poderá ser a primeira mulher negra presidente dos Estados Unidos distinguirá "duas abordagens" do país, segundo sua equipe de campanha, que prevê a presença de quase 20 mil pessoas.

Ela lembrará que Donald Trump está focado em sua "lista de inimigos" e ela está focada em sua "lista de tarefas".

Trump, que aos 78 anos concorre às eleições presidenciais pela terceira vez, fará um discurso em sua mansão em Mar-a-Lago, na Flórida.

Depois viajará para Allentown, na Pensilvânia, talvez o mais importante dos sete estados-pêndulo que decidirão quem será a próxima pessoa a ocupar a Casa Branca.

Na segunda-feira, em um comício na Geórgia (sul), ele se defendeu daqueles que o acusam de querer se tornar um líder autoritário.

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"A nova linha de Kamala (Harris) e sua campanha é que todo mundo que não vota nela é nazista. Nós somos nazistas", disse ele diante de uma multidão fervorosa em Atlanta.

Trump disse que seu pai costumava lhe dizer para nunca usar a palavra nazista ou Hitler e criticou os democratas por usarem ambas.

"Ele é Hitler e depois dizem que ele é nazista. Eu não sou nazista, sou o oposto de um nazista", disse ele na Geórgia.

Há poucos dias, seu ex-chefe de gabinete da Casa Branca, John Kelly, disse ao New York Times que Trump se enquadra na definição de fascista e que lhe disse que Adolf Hitler "também fez algumas coisas boas".

Kamala deu crédito às declarações de Kelly, general reformado do corpo de fuzileiros navais, e acusou Trump de admirar "ditadores".

O receio de uma repetição do caos de 2020 está muito presente nas eleições deste ano.

Segundo uma pesquisa da CNN realizada na segunda-feira, apenas 30% dos americanos acreditam que Trump admitiria sua derrota nesta eleição.

O republicano afirmou diversas vezes que a única maneira de perder é se os democratas fraudarem os resultados.

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