(Setembro) A dissidente iraniano-americana no exílio Masih Alinejad, durante uma conferência em Washington
Jemal Countess
(Setembro) A dissidente iraniano-americana no exílio Masih Alinejad, durante uma conferência em Washington
Jemal Countess

Um general da Guarda Revolucionária do Irã e outros três iranianos foram acusados em Nova York de participação em um suposto complô para assassinar uma jornalista dissidente iraniano-americana, informaram nesta terça-feira funcionários da Justiça.

Os documentos legais não citam o nome da vítima do complô, mas ela foi amplamente identificada como Masih Alinejad, que vive em Nova York.

“O Departamento de Justiça acusou oito pessoas, incluindo um oficial militar iraniano, por seus esforços para silenciar e matar uma cidadã americana por suas críticas ao regime iraniano”, disse o procurador-geral dos Estados Unidos, Merrick Garland.

Foram divulgadas hoje as acusações contra Ruhollah Bazgandi - general da Guarda Revolucionária do Irã e ex-oficial da inteligência -, Haj Taher, Hossein Sedighi e Seyed Mohammad Forouzan.

“Não vamos tolerar os esforços de um regime autoritário, como o do Irã, para minar direitos fundamentais garantidos a todos os americanos”, advertiu Garland.

Masih publicou em sua conta na rede social X que o suposto complô para matá-la representava "uma dura lembrança dos extremos brutais a que o regime islâmico chega para silenciar dissidentes, inclusive aqueles que estão muito além das fronteiras do Irã".

Segundo o Departamento de Justiça, Bazghandi e outros elementos do seu grupo “contrataram” membros da rede criminosa do Leste Europeu para assassinar Masih.

Em julho de 2022, um homem contratado para cometer o assassinato foi preso perto da residência da jornalista em Nova York, portando uma arma AK-47 carregada.

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