O exército da Coreia do Sul afirmou nesta segunda-feira (14) que está preparado para responder ao Norte, que enviou soldados à fronteira e ordenou que se preparem para atirar, em meio a uma escalada em sua disputa sobre os voos de drones sobre Pyongyang.
A Coreia do Norte acusa o Sul de enviar drones até sua capital para lançar panfletos de propaganda com "rumores incendiários e lixo". O país alertou no domingo que se detectar outro drone vai considerar o ato uma "declaração de guerra".
O Exército sul-coreano negou responsabilidade sobre os voos. Analistas especulam que seriam organizados por grupos de ativistas, que já enviaram propaganda e dólares americanos ao Norte utilizando balões.
Pyongyang insiste na culpa de Seul e anunciou que oito brigadas de artilharia foram mobilizadas na Zona Desmilitarizada da fronteira "para se prepararem para abrir fogo", e reforçou os postos de observação aérea na capital.
"Nosso exército monitora a situação de perto e está plenamente preparado para as provocações do Norte", disse Lee Seong-joon, porta-voz do Estado-Maior Conjunto sul-coreano.
Pyongyang afirmou que os drones de propaganda entraram no espaço aéreo da capital em três ocasiões nos últimos dias. A influente irmã do dirigente norte-coreano Kim Jong Un afirmou que representam um "desastre horrível" caso não sejam interrompidos.
Em um comunicado divulgado nesta segunda-feira, Kim Yo Jong afirma que a incursão de drones é "um desafio imperdoável e malicioso ao nosso Estado".
O Estado-Maior Conjunto sul-coreano não confirmou nem negou a responsabilidade do exército no envio de drones ao Norte, mas chamou a denúncia de Pyongyang como "vergonhosa".