O presidente russo, Vladimir Putin (E), e o primeiro-ministro mongol, Luvsannamsrain Oyun-Erdene, cumprimentam-se e Ulaanbaatar, em 3 de setembro de 2024
BYAMBASUREN BYAMBA-OCHIR
O presidente russo, Vladimir Putin (E), e o primeiro-ministro mongol, Luvsannamsrain Oyun-Erdene, cumprimentam-se e Ulaanbaatar, em 3 de setembro de 2024
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A União Europeia (UE) lamentou, nesta terça-feira (3), que o governo da Mongólia não tenha prendido o presidente russo, Vladimir Putin, como solicitou o Tribunal Penal Internacional (TPI) no ano passado por supostos crimes na Ucrânia.

"A UE lamenta que a Mongólia, Estado signatário do Estatuto de Roma do TPI, não tenha cumprido suas obrigações relacionadas ao Estatuto de executar a ordem de prisão", expressou um porta-voz do sistema da UE.

Putin desembarcou nesta terça-feira na Mongólia e foi recebido com honrarias por seu homólogo mongol, Ukhnaagiin Khurelsukh, um gesto interpretado como um desafio ao TPI.

Em sua nota, a UE reforçou o "apoio inabalável ao TPI" por parte do bloco.

Também lembrou que a Corte pediu a prisão de Putin por "supostos crimes de deportação e transporte ilegal de crianças de territórios ucranianos ocupados temporariamente no marco de uma ilegal guerra de agressão contra a Ucrânia".

"A UE apoia as investigações do promotor do TPI na Ucrânia e pede a plena cooperação de todos os Estados signatários", afirmou o comunicado.

Também mencionou o apoio da UE "aos esforços para garantir a completa responsabilização pelos crimes de guerra e outros mais graves relacionados à agressão da Rússia contra a Ucrânia".

O governo da Mongólia não fez comentários sobre o pedido de prisão de Putin.

Um porta-voz do presidente Khurelsukh negou nas redes sociais, no domingo, que o TPI tenha enviado uma carta para pedir a execução da ordem durante a visita.

A Rússia não reconhece a competência do TPI.

    AFP

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