Um trabalhador opera um guindaste móvel para remover peixes mortos que flutuam no rio Xiria, perto de Volos, centro da Grécia, 28 de agosto de 2024
SAKIS MITROLIDIS
Um trabalhador opera um guindaste móvel para remover peixes mortos que flutuam no rio Xiria, perto de Volos, centro da Grécia, 28 de agosto de 2024
Sakis Mitrolidis

A cidade portuária de Volos, no centro da Grécia, declarou estado de emergência devido à poluição marinha causada pelo aparecimento de toneladas de peixes mortos no mar, anunciou a agência de notícias estatal neste sábado (31).

O Ministério da Crise Climática e da Proteção Civil explicou em um documento que decidiu "declarar o estado para responder às necessidades de emergência e gestão das consequências derivadas da poluição marinha ocorrida no Golfo Pagasético". A medida vigorará por um mês, até 30 de setembro.

Este é o segundo desastre ambiental que atinge o porto de Volos, a três horas e meia de carro a norte de Atenas, depois das dramáticas inundações que atingiram a região da Tessália no ano passado.

Essas inundações encheram novamente um lago próximo, até três vezes a sua capacidade normal, que tinha sido drenado em 1962 em uma tentativa de combater a malária.

"Depois das tempestades Daniel e Elias no outono passado, cerca de 20 mil hectares de planícies na Tessália foram inundados e vários peixes de água doce foram arrastados pelos rios" para o mar, explicou Dimitris Klaudatos, professor de agricultura e meio ambiente na Universidade da Tessália.

Desde então, as águas do lago baixaram dramaticamente, forçando os peixes de água doce a seguirem para o porto de Volos e para as águas do Golfo Pagasético e do Mar Egeu, onde não conseguem sobreviver.

Só na terça-feira, as autoridades retiraram 57 toneladas de peixes mortos encalhados nas praias perto de Volos. A maioria dos milhares de animais mortos já foi removida. Segundo o canal Ertnews, dois navios concluíam o processo neste sábado. As autoridades colocaram redes especiais na foz do rio Xiria para conter o grande volume de peixes mortos.

As chegadas de turistas à região já diminuíram 80% desde as cheias do ano passado. "O que aconteceu com esses peixes mortos será a nossa morte", disse Stefanos Stefanou, presidente da associação local de restaurantes e bares.

    AFP

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