Mulheres fazem manifestação no dia de abertura das negociações de cessar-fogo no Sudão, em Genebra, Suíça, em 14 de agosto de 2024
FABRICE COFFRINI
Mulheres fazem manifestação no dia de abertura das negociações de cessar-fogo no Sudão, em Genebra, Suíça, em 14 de agosto de 2024
Fabrice COFFRINI

Os Estados Unidos pediram ao Exército do Sudão que se junte às conversas de cessar-fogo que começaram nesta quarta-feira (14) na Suíça com apenas uma das partes envolvidas na violenta guerra civil no país africano, as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês).

"Ressaltamos que eles [o Exército regular] têm a responsabilidade de estarem lá [na Suíça], e seguiremos deixando isso claro", disse aos jornalistas o porta-voz do Departamento de Estado americano, Vedant Patel.

Ele, no entanto, se recusou a dizer se os Estados Unidos, mediadores nas negociações, estavam otimistas sobre a participação das forças armadas.

Washington têm pressionado o Exército regular sudanês para que compareça à reunião, inclusive através de um telefonema do secretário de Estado, Antony Blinken, com o general Abdel Fattah al Burhan.

O Sudão critica a participação dos Emirados Árabes Unidos como observador nas conversas, pois o país do Golfo é acusado de apoiar militarmente as forças paramilitares RSF.

"O que está acontecendo no Sudão neste momento é uma das situações humanitárias mais graves do mundo, por isso existe uma responsabilidade moral de que os Estados Unidos e outros parceiros com ideias afins tentem se unir para ver o que mais pode ser feito para ajudar a aliviar essa situação", disse Patel.

Desde abril de 2023, o Sudão está mergulhado em uma guerra entre o Exército regular, comandado pelo general Abdel Fattah al Burhan, contra as RSF, do general rival Mohamed Hamdan Daglo.

O conflito já deixou dezenas de milhares de mortos e provocou uma grave crise humanitária neste país da África Setentrional.

    AFP

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