(13 jul) Plateia do comício de Trump em Butler, Pensilvânia
Rebecca DROKE
(13 jul) Plateia do comício de Trump em Butler, Pensilvânia
Rebecca DROKE

Os fiéis de uma das igrejas mais próximas do local onde ocorreu a tentativa de assassinato do ex-presidente Donald Trump tentavam assimilar neste domingo (14) o que aconteceu ontem durante o comício, que abalou essa pequena comunidade rural.

A pastora Millie Martsolf, da Primeira Igreja do Nazareno de Butler, tentou tranquilizar os paroquianos reunidos na moderna igreja de madeira para a cerimônia dominical.

"Penso em tudo o que aconteceu na nossa pequena comunidade, do outro lado da estrada", disse a líder religiosa, sobre o tiroteio que alterou a rotina dessa comunidade da Pensilvânia, de cerca de 14 mil habitantes, tomada, agora, pela polícia e por jornalistas.

"Sei que quando falamos uns com os outros, quando compartilhamos nossas opiniões políticas, sejam lá quais forem, temos a opção de falar como Cristo nos ensinou, ou temos a opção de ficar aborrecidos ou amargurados. Não importa em quem vá votar, fale com amor", disse a pastora.

Uma mulher foi consolada por um companheiro de culto quando se ajoelhou no altar, onde permaneceu durante boa parte da cerimônia, antes de pedir a palavra.

"O homem que foi morto ontem é primo em primeiro grau da minha nora", disse a mulher de meia-idade, de pé diante de um crucifixo. "Meu filho e a minha nora foram profundamente afetados por tudo isso". A vítima "estava protegendo sua mulher e filha. Isso nos afetou a todos."

O governador da Pensilvânia identificou a vítima como Corey Comperatore e confirmou neste domingo que ele morreu protegendo a família.

- Orações -

O reverendo da igreja, Stephen Smith, pediu aos paroquianos que rezassem pela vítima e por sua família. "São tempos difíceis, que não compreendemos", disse, entre lágrimas. "Vamos lidar com a perda, e creio que é seguro dizer que todos sentimos o peso de perder alguém da comunidade", acrescentou.

"Agradecemos porque o ex-presidente Trump não foi assassinado e choramos a perda de vidas e os feridos", disse o organista da igreja.

Perto dali, a polícia do estado isolou a estrada que leva ao local do comício de Trump, último evento de campanha programado antes da Convenção Nacional Republicana, que acontece em Wisconsin a partir de amanhã.

"Não consigo me imaginar vivendo aqui e ouvindo tiros. É muita coisa para assimilar", disse o professor Dane Rahoi, 33, que dirigiu duas horas para visitar o local do comício. "Todo mundo é muito frágil."

    AFP

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