Evan Gershkovich no tribunal de Ekaterimburgo, na região russa dos Urais, em 26 de junho de 2024
Natalia Kolesnikova
Evan Gershkovich no tribunal de Ekaterimburgo, na região russa dos Urais, em 26 de junho de 2024
NATALIA KOLESNIKOVA

Um grupo de especialistas da ONU considera a prisão na Rússia do jornalista americano Evan Gershkovich arbitrária e pede sua libertação imediata, informa um documento divulgado nesta terça-feira (2).

“A privação da liberdade de Evan Gershkovich é arbitrária” e viola artigos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, afirmam os especialistas no documento, aprovado em março.

"Dadas as circunstâncias desse caso, a solução apropriada seria libertar Gershkovich imediatamente”, acrescentam, considerando que o jornalista tem direito a indenização, segundo o direito internacional.

O repórter está preso na Rússia há 15 meses e nega as acusações de espionagem. A primeira audiência do seu julgamento ocorreu no mês passado, em Ekaterimburgo. Uma nova audiência está prevista para agosto.

A Rússia nunca fundamentou suas acusações contra o correspondente do Wall Street Journal, e manteve em sigilo o conteúdo do caso. Washington considera o julgamento uma farsa.

Gershkovich, de 32 anos, foi detido pelo serviço de segurança federal (FSB) em março de 2023, quando fazia uma reportagem em Ekaterimburgo. Ele se tornou o primeiro jornalista ocidental acusado de espionagem na Rússia desde a época soviética.

Embora as decisões do Grupo de Trabalho sobre a Prisão Arbitrária não sejam vinculantes, elas têm um peso moral importante.

    AFP

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