Foto tirada do norte de Israel mostra colunas de fumaça durante bombardeio israelense no sul do Líbano, em 25 de junho de 2024, em meio ao fogo cruzado entre tropas israelenses e combatentes do Hezbollah
Jack Guez
Foto tirada do norte de Israel mostra colunas de fumaça durante bombardeio israelense no sul do Líbano, em 25 de junho de 2024, em meio ao fogo cruzado entre tropas israelenses e combatentes do Hezbollah
JACK GUEZ

O movimento libanês Hezbollah anunciou nesta quinta-feira (27) que bombardeou uma base militar no norte de Israel, em resposta a ataques israelenses que mataram um de de seus combatentes, em meio ao aumento dos temores por uma escalada bélica regional.

O poderoso movimento xiita apoiado pelo Irã afirmou em comunicado que lançou "dezenas de foguetes Katyusha" contra "a principal base de defesa aérea e antimísseis" do norte de Israel.

O Hezbollah indicou que realizou esses disparos em resposta a dois bombardeios israelenses, um deles ocorrido nesta quinta-feira em Sohmor, no leste do Líbano, e outro no dia anterior em Nabatieh, no sul, onde cinco pessoas ficaram feridas.

O movimento islamista xiita disse que um de seus combatentes foi morto no ataque a Sohmor. De acordo com a Agência Nacional de Informação libanesa (AIN), um drone atacou um motociclista na localidade.

O Exército israelense afirmou que um membro do Hezbollah foi "eliminado em um ataque aéreo na região de Sohmor" e que seus aviões de combate atacaram "estruturas militares" no sul do Líbano.

O grupo xiita, aliado do Hamas, que governa Gaza, também disse que realizou outros dois bombardeios nesta quinta-feira contra posições militares israelenses, incluindo um com drones, enquanto a AIN relatou ataques israelenses no sul do Líbano.

O Exército israelense informou que dois drones do Líbano caíram no norte de Israel, sem reportar vítimas.

A fronteira entre os dois países tem registrado quase que diariamente duelos de artilharia desde o início da guerra entre Israel e Hamas em Gaza, em 7 de outubro.

O temor de uma conflagração regional aumentou nos últimos dias.

O responsável de Assuntos Humanitários da ONU, Martin Griffiths, alertou na quarta-feira para o risco "potencialmente apocalíptico" de uma ampliação da guerra de Gaza para o Líbano.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou na quarta-feira, em Washington, que seu país não deseja uma guerra no Líbano, mas que pode fazer com que o país vizinho "volte à Idade da Pedra", se a diplomacia falhar.

A França disse nesta quinta-feira estar "extremamente preocupada com a gravidade da situação no Líbano" e apelou para que todas as partes exerçam "a maior moderação".

Mais de oito meses de confrontos entre o Hezbollah e o Exército israelense resultaram em pelo menos 482 mortes no Líbano, a maioria de combatentes do movimento libanês, além de 94 civis, segundo um levantamento da AFP.

Do lado israelense, pelo menos 15 soldados e 11 civis foram mortos, de acordo com Israel.

    AFP

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