A Rússia anunciou que vai bloquear o acesso a 81 meios de comunicação de países da União Europeia, entre eles o site da AFP e o portal para seus clientes, como parte das medidas de represália pelas restrições impostas à mídia russa
FRED DUFOUR
A Rússia anunciou que vai bloquear o acesso a 81 meios de comunicação de países da União Europeia, entre eles o site da AFP e o portal para seus clientes, como parte das medidas de represália pelas restrições impostas à mídia russa
Fred Dufour

A Rússia anunciou, nesta terça-feira (25), que vai bloquear o acesso a 81 veículos de comunicação de países da União Europeia (UE), entre eles o site da AFP e o portal para seus clientes, como parte das medidas de retaliação às restrições impostas à mídia russa.

Na lista publicada pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia estão veículos da imprensa espanhola como El Mundo e El País, a revista alemã Der Spiegel, a rede italiana RAI e jornais franceses como Le Monde e Libération, entre outros.

Em maio, a UE decidiu bloquear a transmissão de quatro veículos de comunicação russos controlados pelo Kremlin – Voice of Europe, Ria Novosti, Izvestia e Rossiyskaya Gazeta – acusados de serem um "instrumento" de apoio à ofensiva de Moscou na Ucrânia.

"Serão impostas medidas de represália para o acesso, a partir do território russo, aos veículos de comunicação dos Estados-membros da UE", indicou o MRE russo. Na lista estão os sites da AFP: afp.com e afpforum.com.

"Este é mais um sinal do assédio à imprensa por parte do governo da Rússia, porque teme que seu próprio povo conheça a verdade sobre suas ações", reagiu o porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, Matthew Miller.

A Rússia afirmou que "revisará" as restrições se as sanções contra a mídia russa forem levantadas.

Há mais de dois anos, a UE também vetou a difusão em sua jurisdição de vários veículos de comunicação russos ou pró-russos, incluindo o canal Russia Today (RT), ao acusar Moscou de usar essas plataformas para "espalhar sua propaganda e realizar campanhas de desinformação".

    AFP

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!