Juiz retira parcialmente a ordem de silêncio imposta ao ex-presidente americano Donald Trump
CHARLY TRIBALLEAU
Juiz retira parcialmente a ordem de silêncio imposta ao ex-presidente americano Donald Trump
Charly TRIBALLEAU

O juiz Juan Merchan suspendeu parcialmente a ordem de silêncio imposta ao ex-presidente americano Donald Trump antes de seu julgamento penal, no qual foi condenado por fraude documental, devido a uma "mudança" de circunstâncias, segundo um documento judicial publicado nesta terça-feira (25).

O juiz instrutor do histórico julgamento do magnata em Nova York havia proibido que ele falasse em público sobre os membros do júri, as testemunhas, os promotores e o pessoal do tribunal. Posteriormente, ampliou a proibição para incluir sua própria família e a do promotor.

Merchan, que prevê divulgar a sentença ao provável candidato republicano nas eleições de 5 de novembro deste ano, declarou que "as circunstâncias mudaram. A parte do julgamento deste processo terminou quando o veredicto foi emitido e o júri foi dispensado".

A decisão do Juiz significa que Trump, o primeiro ex-presidente dos Estados Unidos condenado por um crime penal, pode agora falar publicamente das testemunhas que depuseram no seu julgamento, assim como do júri e do veredicto. No entanto, Merchan manteve as medidas que proíbem revelar as identidades dos membros do júri.

Trump foi multado em 10 mil dólares (54 mil reais, na cotação atual) por violar a ordem de silêncio em 10 ocasiões. Inclusive, o juiz ameaçou prendê-lo se a infringisse novamente.

Antes da ordem de silêncio, o ex-presidente criticou repetidamente as testemunhas e a promotoria em sua plataforma Truth Social.

No dia 30 de maio deste ano, um júri o declarou culpado de 34 acusações por falsificar documentos contábeis para ocultar o pagamento de 130 mil dólares (675 mil reais, na cotação da época) para comprar o silêncio de uma ex-atriz pornô em uma relação extraconjugal. O objetivo de Trump era que a mulher não interferisse nas eleições de 2016, nas quais ele derrotou Hillary Clinton.

    AFP

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