Três pessoas morreram e quase 100 ficaram feridas neste domingo (23) em Sebastopol, na península ucraniana da Crimeia anexada pela Rússia, em um ataque ucraniano com mísseis, anunciou o governo designado por Moscou.
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que Ucrânia utilizou armas fornecidas pelos Estados Unidos neste ataque e acusou Kiev de usar bombas de fragmentação.
Sebastopol é alvo frequente de ataques por abrigar o quartel-general da frota russa no Mar Negro. A Crimeia, anexada por Moscou desde 2014, é um ponto logístico fundamental para o Exército russo.
"O número de mortos subiu para três: duas crianças e um adulto", anunciou no Telegram o governador Mikhail Razvoyaiev, após a divulgação de um balanço inicial de dois mortos, incluindo um menino de dois anos.
"O número de feridos subiu para quase 100 pessoas", acrescentou.
O governador afirmou que a Ucrânia lançou cinco mísseis que foram interceptados sobre o mar pelas defesas antiaéreas russas, mas que alguns fragmentos caíram em uma área de praia na cidade, o que deixou feridos e provocou um incêndio em uma casa e floresta próximas.
O Ministério da Defesa russo declarou que a Ucrânia cometeu "um ataque terrorista contra a infraestrutura civil em Sebastopol, com mísseis táticos americanos ATACMS carregados com bombas da fragmentação".
A pasta explicou que quatro mísseis foram abatidos e o quinto mudou de trajetória após ser interceptado, o que provocou a explosão da carga no céu, sobre a cidade de Sebastopol.
Também neste domingo, um ataque ucraniano com drones provocou uma morte e deixou três feridos em Graivoron, uma localidade da região russa de Belgorod, perto da fronteira com a Ucrânia, informou o governador Viacheslav Gladkov.
Belgorod também é alvo frequente de ataques ucranianos. Kiev afirma que está se defendendo dos ataques russos contra o seu território.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, pediu neste domingo aos países aliados que ajudem Kiev a intensificar os ataques em território russo.
"Temos determinação suficiente para destruir os terroristas em seu território. Precisamos da mesma determinação por parte dos nossos aliados", destacou o presidente.