(Arquivo) A resolução do Conselho de Segurança, elaborada pelo Reino Unido, recebeu 14 votos a favor, com a abstenção da Rússia
ANGELA WEISS
(Arquivo) A resolução do Conselho de Segurança, elaborada pelo Reino Unido, recebeu 14 votos a favor, com a abstenção da Rússia
ANGELA WEISS

O Conselho de Segurança da ONU exigiu, nesta quinta-feira (13), o fim do cerco à cidade sudanesa de El-Fasher, na região ocidental de Darfur, onde combates entre forças do governo e paramilitares provocaram uma crise humanitária.

Essa área é cenário há mais de um ano de uma guerra entre os militares comandados pelo chefe do Exército, Abdel Fattah al Burhan, e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF, sigla em inglês), lideradas por seu ex-adjunto Mohamed Hamdan Daglo.

A resolução do Conselho de Segurança, elaborada pelo Reino Unido, recebeu 14 votos a favor, com a abstenção da Rússia, e exige que as RSF "encerrem o cerco a El-Fasher”.

O texto pede "o fim imediato dos combates” e "a retirada de todos os combatentes que ameaçam a segurança dos civis”, além de ressaltar a necessidade de reabertura da passagem fronteiriça de Adre, entre o Chade e o Sudão.

El-Fasher é a única capital estadual da extensa região do oeste do Sudão que não é controlada pelas RSF, e já foi um centro humanitário-chave para uma área que está à beira da fome.

“Essa resolução envia uma mensagem clara", disse a embaixadora britânica na ONU, Barbara Woodward. O texto pede ao secretário-geral da ONU, António Guterres, recomendações para aumentar a proteção dos civis.

Guterres pediu um cessar-fogo no começo do mês, após um ataque paramilitar a um povoado que teria deixado mais de 100 mortos.

O comitê da ONU que coordena a ajuda humanitária e representa 19 organizações diferentes exigiu no mês passado que lhe fosse permitido o acesso ao Sudão, alertando para "um cenário de pesadelo”.

    AFP

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