O presidente sul-africano e dirigente do Congresso Nacional Africano, Cyril Ramaphosa, durante reunião especial do Comitê Executivo Nacional (NEC) na Cidade do Cabo, em 13 de junho de 2024
WIKUS DE WET
O presidente sul-africano e dirigente do Congresso Nacional Africano, Cyril Ramaphosa, durante reunião especial do Comitê Executivo Nacional (NEC) na Cidade do Cabo, em 13 de junho de 2024
Wikus de Wet

O Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês) anunciou, nesta quinta-feira (13), ter chegado a um acordo com vários partidos para formar uma coalizão de governo, após a formação, no poder na África do Sul desde o fim do apartheid, perder a maioria absoluta nas eleições.

O secretário-geral do ANC, Fikile Mbalula, falou na véspera da primeira sessão do Parlamento eleito na votação de 29 de maio e afirmou que o governo "gravitará para o centro", depois que os partidos de esquerda rejeitaram um pacto.

"Conseguimos um grande avanço no acordo comum sobre a necessidade de trabalharmos juntos", declarou Mbalula.

Esta coalizão inclui a Aliança Democrática (DA), um partido neoliberal de centro-direita liderado pelo político branco John Steenhuisen, que ficou em segundo lugar nas eleições. Também a integram formação zulu Inkatha Freedom Party (IFP) e várias outras menores.

O ANC ficou em primeiro lugar com 40% dos votos, mas obteve seu pior resultado desde que chegou ao poder em 1994, com o emblemático líder da luta contra o regime de segregação racial do apartheid, Nelson Mandela.

Com esse resultado, obteve 159 assentos em um Parlamento de 400 cadeiras, perdendo a maioria absoluta e sendo obrigado a formar uma coalizão.

Na África do Sul, o presidente é eleito pelos parlamentares por voto secreto em assembleia.

O partido Umkhonto We Sizwe (MK), criado há apenas seis meses pelo ex-chefe do ANC e ex-presidente Jacob Zuma, que ficou em terceiro lugar nas eleições, não foi mencionado como parte do pacto de governo, mas a formação boicotou a cerimônia de proclamação oficial dos resultados.

O partido de esquerda Fighters for Economic Freedom (EFF), liderado pelo ex-militante do ANC Julius Malema, que ficou em quarto, também não foi incluído na coalizão, já que as negociações não prosperaram, indicou Mbalula.

    AFP

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