(5 de jun) Fronteira do México com os Estados Unidos, vista da cidade de Tijuana
Guillermo Arias
(5 de jun) Fronteira do México com os Estados Unidos, vista da cidade de Tijuana
Guillermo Arias

Grupos de defesa dos imigrantes entraram nesta quarta-feira (12) com uma queixa contra o governo do presidente americano, Joe Biden, devido a um decreto que restringe o asilo na fronteira com o México.

Biden assinou recentemente uma ordem executiva que autoriza o fechamento da fronteira com o México aos imigrantes que solicitam asilo quando houver mais de 2.500 travessias irregulares em uma média de sete dias, e prevê a reabertura quando esse número cair para 1.500.

Além de possibilitar o fechamento da fronteira, o decreto endurece as normas de análise dos pedidos de asilo e favorece as deportações aceleradas. A medida colocou em pé de guerra as organizações de defesa dos imigrantes, no momento em que Biden tenta atrair o voto do eleitorado latino.

"Não nos restou outra alternativa", disse Lee Gelernt, diretor da poderosa União Americana pelas Liberdades Civis (Aclu), uma das organizações demandantes. "A administração carece de autoridade unilateral para anular o Congresso e proibir o asilo com base em como alguém entra no país, um ponto que os tribunais deixaram bem claro quando a administração Trump tentou uma proibição quase idêntica."

"O asilo não é uma brecha jurídica, e sim uma medida para salvar vidas. O acesso ao asilo é um direito humano legalmente protegido nos Estados Unidos", disse Jennifer Babaie, diretora do Centro de Defesa de Imigrantes das Américas.

Os grupos consideram a ordem executiva de Biden "contrária à lei" e "arbitrária". O caso foi aberto em um tribunal distrital de Washington.

    AFP

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