Meninos jogam futebol em meio aos escombros de prédios destruídos por um bombardeio israelense na Cidade de Gaza, em 10 de junho de 2024, em meio ao conflito entre Israel e Hamas, provocado pela ação mortal do grupo islamista palestino no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023
Omar AL-QATTAA
Meninos jogam futebol em meio aos escombros de prédios destruídos por um bombardeio israelense na Cidade de Gaza, em 10 de junho de 2024, em meio ao conflito entre Israel e Hamas, provocado pela ação mortal do grupo islamista palestino no sul de Israel, em 7 de outubro de 2023
Omar AL-QATTAA

As Nações Unidas denunciaram um "impactante" aumento de 21% nas violações dos direitos das crianças nas guerras em 2023 em relação ao ano anterior, segundo um relatório da ONU ao qual a AFP teve acesso nesta terça-feira (11).

"Em 2023, a violência contra as crianças nos conflitos armados atingiu níveis extremos, com um impactante aumento de 21% nas violações graves", diz o relatório que será publicado oficialmente na quinta-feira e confirma 30.705 violações cometidas no ano passado.

O relatório anual do secretário-geral da ONU, António Guterres, enumera as violações dos direitos dos menores de 18 anos em cerca de 20 zonas de conflito em todo o mundo e lista os responsáveis por essas violações, que incluem assassinatos, mutilações, recrutamentos, sequestros e abusos sexuais.

Em 2023, as crianças "foram as primeiras afetadas pela multiplicação e escalada de crises marcadas por um total desprezo pelos direitos da criança, em particular pelo direito inerente à vida", destaca o relatório.

O trabalho indica, em particular, que o conflito em Israel e nos territórios palestinos provocou violações dos direitos dos menores "em uma escala e com uma intensidade sem precedentes", com um aumento de 155% nas violações graves relacionadas ao ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro e a ofensiva israelense na Faixa de Gaza como represália.

Nesse contexto, tanto o exército israelense quanto o Hamas foram adicionados à "lista da vergonha" anexa ao relatório, informação que foi vazada na semana passada.

A situação no Sudão também é preocupante, com uma alta "assustadora de 480%" no número de violações graves contra as crianças. Por isso, Guterres decidiu adicionar à "lista da vergonha" o exército sudanês e as paramilitares Forças de Apoio Rápido (RSF), em guerra desde abril de 2023.

    AFP

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