Crianças migrantes carregam ajuda humanitária em novembro de 2023 em campo no distrito de Khokha, em Hodeida, Iêmen
Khaled Ziad
Crianças migrantes carregam ajuda humanitária em novembro de 2023 em campo no distrito de Khokha, em Hodeida, Iêmen
Khaled Ziad

Um barco que transportava 260 migrantes naufragou na costa do Iêmen e pelo menos 49 pessoas morreram, incluindo 31 mulheres e seis crianças, informou uma agência da ONU nesta terça-feira (11).

"Ao menos 49 mortos e 140 desaparecidos", anunciou a Organização Internacional para as Migrações (OIM) na rede social X, em referência à tragédia ocorrida na segunda-feira.

O primeiro balanço citava 39 mortes.

A agência das Nações Unidas não revelou as nacionalidades dos migrantes, mas informou que está prestando "ajuda imediata aos sobreviventes".

Segundo os sobreviventes, o barco zarpou de Bosaso, na Somália, no domingo, com 115 migrantes somalis e 145 etíopes a bordo, incluindo 90 mulheres, informou a OIM em um comunicado.

Todos os anos, dezenas de milhares de migrantes da região do Chifre da África, que tentam fugir dos conflitos, dos desastres naturais e da pobreza, arriscam as vidas em viagens pelo Mar Vermelho para tentar chegar aos países do Golfo.

Em abril, duas embarcações naufragaram na costa do Djibuti e dezenas de pessoas morreram.

Em 2023, a OIM registrou pelo menos 698 mortes nesta rota migratória.

Os migrantes que conseguem chegar ao Iêmen, do outro lado do Mar Vermelho, enfrentam mais problemas, já que este é o país mais pobre da península arábica e é cenário de uma guerra civil há uma década.

O objetivo dos migrantes é chegar a países ricos, como Arábia Saudita ou Emirados Árabes Unidos, para trabalhar no setor de construção ou como empregados domésticos.

Em agosto, a Human Rights Watch acusou os guardas de fronteira sauditas pelas mortes de "centenas" de migrantes etíopes que tentaram entrar no reino procedentes do Iêmen entre março de 2022 e junho de 2023. Riad rebateu o relatório da ONG e afirmou que as conclusões não eram baseadas em fontes confiáveis.

    AFP

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