Pedestres passam em frente ao retrato do falecido líder comunista Mao Tsé-tung na entrada da Cidade Proibida, na Praça da Paz Celestial, em Pequim, em 4 de junho de 2024
Adek BERRY
Pedestres passam em frente ao retrato do falecido líder comunista Mao Tsé-tung na entrada da Cidade Proibida, na Praça da Paz Celestial, em Pequim, em 4 de junho de 2024
Adek BERRY

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse, nesta terça-feira (4), que os Estados Unidos se solidarizam com os defensores da democracia na China e prometeram não esquecer a repressão na Praça da Paz Celestial, ocorrida há 35 anos.

"Enquanto Pequim tenta apagar da memória o dia 4 de junho, os Estados Unidos se solidarizam com aqueles que continuam lutando pelos direitos humanos e pela liberdade individual", afirmou Blinken.

"A coragem e sacrifício das pessoas que se levantaram na Praça da Paz Celestial há trinta e cinco anos não será esquecida", concluiu.

Blinken, que desde o ano passado já visitou a China duas vezes, com a intenção de estabilizar as relações bilaterais, não se privou de descrever a repressão ao protesto pacífico de 4 de junho de 1989 como um "massacre".

O secretário de Estado afirmou, ainda, que os Estados Unidos apoiam as reivindicações dos manifestantes da praça para que a China reconheça os direitos humanos tal como consagra a Declaração Universal dos Direitos Humanos da ONU.

"Seguiremos nos manifestando e trabalhando com a comunidade internacional para promover a responsabilização pelos abusos cometidos pela RPC contra os direitos humanos, tanto dentro como fora das suas fronteiras", pontuou, referindo-se às iniciais da República Popular da China.

Há 35 anos, soldados e tanques chineses dispersaram à força um protesto pacífico na Praça da Paz Celestial, em Pequim, e esmagaram brutalmente uma enorme manifestação de várias semanas, que pedia mais liberdades políticas.

A repressão deixou centenas de mortos, com estimativas que elevam o balanço a mais de mil.

O tema é rigorosamente censurado pelas autoridades chinesas.

    AFP

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